16 setembro 2016

Anglo Raul Soares, Fazendo a diferença!

13 setembro 2016

Cassado, Cunha deve entrar na mira do juiz federal Sérgio Moro

Relembre as suspeitas envolvendo o ex-presidente da Câmara.
Ele é réu em duas ações penais no STF e alvo de outros seis inquéritos.

Cassado inclusive com votos de antigos aliados, o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) perdeu o foro privilegiado que garantia que fosse julgado apenas pelo Supremo Tribunal Federal(STF) e deve entrar na mira do juiz Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância.
Atualmente, Cunha é réu em duas ações penais na Suprema Corte: uma pela suspeita de terexigido e recebido ao menos US$ 5 milhões em propina de um contrato do estaleiro Samsung Heavy Industries com a Petrobras e outra por suposto recebimento e movimentação de propinaem contas secretas na Suíça.
O peemedebista perdeu o mandato de deputado federal nesta segunda-feira (12) em uma votação esmagadora. Dos 513 deputados da Câmara, 450 votaram a favor da cassação e apenas 10 contra. Nove parlamentares decidiram se abster na votação e outros 42 não compareceram à sessão.
As abstenções e ausências beneficiavam Cunha, no entanto, eram necessários apenas 257 votos a favor da cassação para que ele perdesse o mandato. O placar final da votação registrou 193 votos a mais do que era preciso para cassá-lo.
Além de ser réu de duas ações penais, o ex-todo-poderoso presidente da Câmara é alvo de outros nove procedimentos investigatórios no STF. Com a perda do foro privilegiado, é possível que apenas dois inquéritos que apuram supostas irregularidades cometidas pelo deputado cassado permaneçam na alçada do STF porque envolvem outras autoridades.
Caberá ao próprio Supremo definir se os procedimentos serão enviados para Moro no Paraná ou para outro estado onde possam ter ocorrido os supostos crimes imputados ao agora ex-deputado.
A ação penal que investiga as contas secretas de Eduardo Cunha na Suíça deve ser remetida para o juiz federal paranaense em razão do elo do caso com a Petrobras.
No entanto, é possível que cinco procedimentos sejam distribuídos para magistrados do Rio de Janeiro e do Distrito Federal.
Já a segunda ação que Cunha é réu, que investiga o suposto pagamento de propina por conta de contrato de aluguel de navios-sonda, pode ser encaminhada para o Tribunal Regional Federal da 4ª Região, Corte de segunda instância que cobre os três estados do Sul.
O possível envio do processo para o TRF-4 se deve ao fato de a prefeita de Rio Bonito, Solange Almeida (PMDB) – que tem foro privilegiado –, ser investigada ao lado de Cunha. Ela é suspeita de ter auxiliado o ex-presidente da Câmara a pressionar operadores da Lava Jato a pagarem propina.
Veja a lista de procedimentos investigatórios que Eduardo Cunha é alvo no STF:
Ação penal 982 (pode ser encaminhada para o TRF-4)
Cunha é acusado de ter recebido propina de US$ 5 milhões por atuar na contratação de navios-sonda pela Petrobras.

Inquérito 4146 (pode ir para Sérgio Moro)
Ele é acusado de ter recebido propina de US$ 5 milhões em conta bancária na Suíça e de ter usado contas no exterior para lavar dinheiro desviado do esquema de corrupção que atuava na Petrobras.

Inquérito 4266 (pode ir para a Justiça do Distrito Federal)
O peemedebista foi denunciado por recebimento de propina de dinheiro desviado de contratos do fundo de investimento do FGTS administrado pela Caixa. O STF ainda precisa decidir se aceita denúncia apresentada pela Procuradoria Geral da República.

Inquérito 4207 (pode ir para a primeira instância do Rio de Janeiro)
Neste inquérito, Eduardo Cunha suspeito de ter recebido propina de contrato das obras do Porto Maravilha, no Rio de Janeiro.

Inquérito 4231 (deve ficar no STF por envolver pessoas com foro privilegiado)
O deputado cassado é suspeito de ter se aliado ao doleiro Lúcio Funaro para usar requerimentos na Câmara com o objetivo de prejudicar o Banco Schahin.

Inquérito 4232 (pode ir para o Distrito Federal)
Cunha é suspeito de ter favorecido o banco BTG com emendas parlamentares.

Inquérito 4245 (pode ir para o Rio de Janeiro)
O ex-presidente da Câmara é investigado por supostamente ter liderado esquema de corrupção que desviou recurso de Furnas, uma das subsidiárias da Eletrobras.

Inquérito 3989 (deve ficar no STF por envolver vários políticos com foro)
A PGR pediu para que Cunha fosse incluído no inquérito-mãe da Lava Jato, que apura se existiu uma organização criminosa com atuação de políticos, empresários, operadores e dirigentes da Petrobras para fraudar a estatal do petróleo. Relator da Lava Jato na Suprema Corte, o ministro Teori Zavascki ainda não decidiu se aceita o pedido para incluir o deputado cassado no inquérito.

Petição da PGR sem número (pode ir para o Distrito Federal)
Nesta petição, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pede autorização ao STF para investigar se Cunha ajudou a construtora OAS em troca de doações eleitorais da empreiteira para aliados políticos do peemedebista. Além do deputado cassado, são alvos deste procedimento o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro e o ex-ministro do Turismo Henrique Eduardo Alves. O Supremo ainda não se manifestou sobre o pedido da PGR.

Ação cautelar 4070
Por meio desta ação cautelar apresentada por Janot, Eduardo Cunha teve o mandato suspenso por tempo indeterminado e foi afastado do mandato de deputado federal sob acusação de que o peemedebista estava tentando atrapalhar as investigações contra ele. Com a cassação de Cunha, o procedimento deve ser arquivado.

Ação cautelar 4175
O procurador-geral da República solicitou nesta ação cautelar a prisão de Cunha com a acusação de que o agora ex-deputado descumpriu a decisão judicial que determinou seu afastamento do mandato parlamentar e continuou tentando influenciar nas investigações da Lava Jato e no Conselho de Ética. Teori ainda não decidiu sobre o pedido da PGR.

Cunha perdeu o apoio de mais de 200 deputados entre eleição e cassação

Em sessão nesta segunda, 450 deputados votaram pela cassação de Cunha.
Em 2015, ele havia sido eleito presidente da Casa com 267 votos.

O ex-deputado e ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), perdeu o apoio de mais de 200 deputados na comparação entre a votação do dia em que foi eleito para presidir a Casa, em fevereiro de 2015, e esta segunda-feira (12), quando teve o mandato cassado pelo plenário. Na eleição do ano passado, Cunha teve 267 votos a seu favor. Na sessão da cassação, 450 deputados votaram contra ele. Outros 10 votaram a favor de Cunha, 9 se abstiveram e 42 não compareceram à sessão (o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ e Cunha não votaram). As ausências e abstenções favoreciam Cunha, já que a cassação precisava ser aprovado por 257 dos 513 deputados.
Além da perda do apoio individual dos colegas, Cunha também não teve o suporte das bancadas dos partidos na votação desta segunda. Mesmo entre o PMDB, partido do deputado cassado, a grande maioria (52 dos 66 deputados) votou pela saída de Cunha.
A derrota de Cunha foi sacramentada até nos partidos que compõem o chamado "centrão", grupo informal dentro da Casa, liderado por Cunha, que reúne siglas médias e pequenas em torno da agenda defendida pelo ex-presidente da Câmara. Bancadas do PROS, PSD, PR, SD, por exemplo, antes fiéis a Cunha, votaram em maioria contra o agora ex-deputado.
Apoio até o fim
Alguns parlamentares, no entanto, mantiveram o apoio a Cunha até o último momento. Entre eles estava Carlos Marun (PMDB-MS), que, além de votar contra a cassação, fez discursos contundentes em defesa do peemedebista e também foi um dos principais articuladores das estratégias contra a saída de Cunha.
Também votoou a favor do deputado cassado o deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), o Paulinho da Força Sindicial, um dos principais aliados de Cunha na Câmara nos últimos anos.
O líder do governo na Câmara, André Moura (PSC-SE), optou por se abster da votação. A mesma estratégia foi adotada por Laerte Bessa (PR-DF), aliado declarado de Cunha, e outros 7 deputados.
Também beneficiaram Cunha os deputados que, por não terem ido à sessão, foram computados por ausentes. Entre os 42 que se encaixam nessa situação está Hugo Mota (PMDB-PB) que, com o apoio de Cunha, presidiu a CPI da Petrobras em 2015, e Jovair Arantes (PTB-GO), relator do impeachment de Dilma Rousseff na comissão especial da Câmara.  
Deputados que votaram contra a cassação:
- Carlos Marun (PMDB-MS);
- Paulo Pereira da Silva (SD-SP);
- Marco Feliciano (PSC-SP);
- Carlos Andrade (PHS-RR);
- Jozi Araújo (PTN-AP);
- Júlia Marinho (PSC-PA);
- Wellington (PR-PB);
- Arthur Lira (PP-AL);
- João Carlos Bacelar (PR-BA);
- Dâmina Pereira (PSL-MG).
Deputados que se abstiveram de votar:
- Laerte Bessa (PR-DF);
- Rôney Nemer (PP-DF);
- Alfredo Kaefer (PSL-PR);
- Nelson Meurer (PP-PR);
- Alberto Filho (PMDB-MA);
- André Moura (PSC-SE);
- Delegado Edson Moreira (PR-MG);
- Mauro Lopes (PMDB-MG);
- Saraiva Felipe (PMDB-MG)
 
Deputados que se ausentaram da sessão:
- Adelson Barreto (PR-SE)
- Aelton Freitas (PR-MG)
- Alexandre Baldy (PTN-GO)
- Cacá Leão (PP-BA)
- Cristiane Brasil (PTB- RJ)
- Dr. Sinval Malheiros (PTN-SP)
- Edio Lopes (PR-RR)
- Fabio Reis (PMDB-SE)
- Felipe Bornier (PROS-RJ)
- Fernando Francischini (SD-PR)
- Fernando Jordão (PMDB-RJ)
- Gilberto Nascimento (PSC-SP)
- Gorete Pereira (PR-CE)
- Guilherme Mussi (PP-SP)
- Hiran Gonçalves (PP-RR)
- Hugo Motta (PMDB-PB)
- Iracema Portella (PP-PI)
- Jéssica Sales (PMDB-AC)
- José Priante (PMDB-PA)
- Josué Bengtson (PTB- PA)
- Jovair Arantes (PTB-GO)
- Junior Marreca (PEN-MA)
- Leonardo Quintão (PMDB-MG)
- Lindomar Garçon (PRB-RO)
- Luiz Carlos Ramos (PTN-RJ)
- Luiz Fernando Faria (PP-MG)
- Marcelo Aro (PHS-MG)
- Marcelo Matos (PHS-RJ)
- Marcos Reategui (PSD-AP)
- Marcos Soares (DEM-RJ)
- Nelson Marquezelli (PTB-SP)
- Pastor Luciano Braga (PMB-BA)
- Pedro Chaves (PMDB-GO)
- Raquel Muniz (PSD-MG)
- Roberto Góes (PDT-AP)
- Rogério Peninha Mendonça (PMDB-SC)
- Sérgio Moraes (PTB-RS)
- Soraya Santos (PMDB-RJ)
- Takayama (PSC-PR)
- Toninho Wandscheer (PROS-PR)
- Vinicius Gurgel (PR-AP)
- Washington Reis (PMDB-RJ)
Veja como foi a votação por bancadas dos partidos:

DEM
A favor da cassação: 25
Não votou: 1 (Rodrigo Maia, presidente da Câmara)
Ausente: 1
PCdoB
A favor da cassação: 11
PDT
A favor da cassação: 19
Ausente: 1
PEN
A favor da cassação: 2
 Ausente:1
PHS
A favor da cassação: 4
Contra a cassação: 1
Ausentes: 2
PMB
A favor da cassação: 1
Ausente:1
PMDB
A favor da cassação: 52
Contra a cassação: 1
Abstenções:3
Ausentes:  10
PP
A favor da cassação: 39
Contra a cassação: 1
Abstenções: 2
Ausentes: 5
PPS
A favor da cassação: 8
PR
A favor da cassação: 32
Contra a cassação: 2
Abstenções: 2
Ausentes: 5
PRB
A favor da cassação: 21
Ausente:  1
PROS
A favor da cassação: 5
Ausentes:   2
PRP
A favor da cassação: 1
PRTB
A favor da cassação: 1
PSB
A favor da cassação: 33
PSC
A favor da cassação:2
Contra a cassação:2
Abstenção: 1
Ausentes: 2
PSD
A favor da cassação: 33
Ausentes: 2
PSDB
A favor da cassação: 50
PSL
A favor da cassação: 1
Abstenção: 1
PSOL
A favor da cassação: 6
PT
A favor da cassação: 58
PTB
A favor da cassação: 13
Ausentes: 5
PTdoB
A favor da cassação: 3
PTN
A favor da cassação: 9
Contra a cassação:   1
Ausentes: 3
PV
A favor da cassação: 6
REDE
A favor da cassação: 4
SD
A favor da cassação: 12
Contra a cassação: 1
Ausente: 1

17 março 2016

Juiz federal do DF suspende posse de Lula na Casa Civil

Governo poderá recorrer ao TRF-1 para tentar derrubar a decisão liminar.
Magistrado determinou que Dilma Rousseff seja intimada a cumprir decisão.


O juiz federal Itagiba Catta Preta Neto, da 4ª Vara do Distrito Federal, suspendeu nesta quinta-feira (17), por meio de uma decisão liminar (provisória), a posse do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na chefia da Casa Civil (leia a íntegra da decisão).
A decisão foi tomada em ação popular movida por um advogado, mas cabe recurso ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1).
A Advocacia Geral da União (AGU), que defende o governo na Justiça, já informou que vai recorrer ainda nesta quinta para tentar derrubar a liminar.
Lula foi empossado na pasta em umacerimônia realizada na manhã desta quintano Palácio do Planalto. Com seu ingresso no primeiro escalão, o ex-presidente volta a ter direito ao foro privilegiado, o que o tirou da alçada do juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato na primeira instância.
O autor da ação popular alegou na peça judicial que houve uma tentativa de "burlar o princípio do juiz natural, em razão de que, até tomar posse como ministro, Lula era investigado por Moro. Ao ingressar no primeiro escalão, ele só poderá ser alvo de investigações com autorização do Supremo.
Na liminar que suspendeu a posse de Lula, o juiz determinou que a presidente Dilma Rousseff seja intimada para imediato cumprimento da decisão. Segundo Catta Preta, a posse de Lula pode representar uma intervenção indevida na atividade policial, no Ministério Público e no Judiciário.
"Em vista do risco de dano ao livre exercício do Poder Judiciário, da autuação da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, defiro o pedido de liminar para sustar o ato de nomeação do sr. Luiz Inácio Lula da Silva para o cargo de ministro de Estado da Casa Civil da Presidência da República, ou qualquer outro que lhe outorgue prerrogativa de foro", escreveu o magistrado no despacho.
'Harmonia entre Poderes'
Catta Preta também destacou na decisão que a situação envolvendo Lula – gravado nesta quarta-feira (16) pela Polícia Federal (PF) em uma conversa com Dilma na qual eles tratam da entrega do termo de posse na Casa Civil – é “complexa e grave”.
Ao G1, o juiz federal afirmou que tomou a decisão para preservar a “harmonia entre os Poderes, para que o país possa funcionar corretamente”.
“Juiz não é cego nem surdo para o que está acontecendo. E ontem [quarta] o país inteiro viu que existe uma clara intenção do ex-presidente da República, e talvez até da atual presidente da República, de intervir no Poder Judiciário. Isso é inadmissível, isso não pode ser permitido de forma alguma”, enfatizou.

17 fevereiro 2016

APROVAÇÕES COLÉGIO ANGLO DE RAUL SOARES - TURMA DE 2015

Vacina contra vírus da zika se mostra promissora em ratos, diz laboratório

Empresa diz que testes em humanos devem começar ainda em 2016.
Ao menos 15 empresas estão trabalhando em vacinas contra zika.


As esperanças de se desenvolver uma vacina contra o vírus da zika deram um passo adiante nesta quarta-feira (17), quando a empresa farmacêutica Inovio Pharmaceuticals disse que uma dose experimental induziu uma reação robusta e duradoura em ratos.
Atualmente, pelo menos 15 empresas e grupos acadêmicos estão empenhados na criação de vacinas contra o zika, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), em função do temor crescente do público diante do vírus, que se propaga pelas Américas.
A zika, cujos sintomas incluem febre baixa e irritação cutânea, vem sendo ligado a casos de microcefalia – uma má-formação cerebral - em recém-nascidos no Brasil, embora a conexão ainda não tenha sido provada.
Não existe tratamento nem vacina comprovados contra a doença, uma prima próxima dos vírus que causam dengue, chikungunya e febre do Oeste do Nilo.
A Inovio disse em um comunicado que os ratos que receberam sua vacina desenvolveram anticorpos e mostraram reação das células-T, que desempenham um papel importante na imunização do corpo.
"A seguir, iremos testar a vacina em primatas não-humanos e iniciar a fabricação do produto clínico. Planejamos iniciar a Fase I dos testes em humanos de nossa vacina contra o zika antes do final de 2016", afirmou o executivo-chefe da Inovio, Joseph Kim.
A Fase I é o primeiro estágio de um processo de três etapas de testes de novos medicamentos e envolve o uso de um produto experimental em voluntários saudáveis.
A vacina de DNA da Inovio está sendo desenvolvida com a empresa sul-coreana GeneOne Life Sciences e com colaboradores acadêmicos. Um colaborador canadense disse à Reuters no mês passado que o teste da vacina em humanos pode começar já em agosto.
Outros projetos de vacina
Entre outras organizações com projetos de vacina contra o vírus da zika relativamente avançados está a indiana Bharat Biotech, que informou no início de fevereiro que sua vacina experimental está prestes a ser aplicada em testes pré-clínicos com animais.
Os Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos também estão trabalhando em outra vacina de DNA, e a farmacêutica francesa Sanofi, que fabrica a primeira vacina contra dengue do mundo, anunciou em 2 de fevereiro que está lançando um projeto de vacina do zika.
Apesar do programa de trabalho acelerado, entretanto, a OMS estima que serão necessários pelo menos 18 meses para que qualquer vacina contra o zika esteja pronta para ser utilizada em testes clínicos de larga escala.

Explosão em Ancara deixa mortos e feridos

28 pessoas morreram e 61 ficaram feridas.
Polícia diz que explosão foi causada por veículo.


Uma forte explosão atingiu nesta quarta-feira (17) a região central da capital turca Ancara, a poucos quilometros do Parlamento da Turquia e de prédios de órgãos governamentais. A explosão provocou um grande incêndio, e uma fumaça escura podia ser vista saindo do local.

O vice-primeiro-ministro da Turquia declarou que 28 pessoas morreram na explosão e 61 ficaram feridas. Numan Kurtulmus confirmou que a explosão foi causada por um carro-bomba e tinha como alvo veículos militares que transportavam soldados armados. O primeiro balanço, divulgado pelo escritório do governador de Ancara, Mehmet Kiliçlar, era de 5 mortos e 10 feridos.

"Este ataque terrorista covarde custou a vida de 28 pessoas. Outros 61 cidadãos ficaram feridos", disse Kurtulus à imprensa, prometendo que o governo "lançará toda a luz" sobre este atentado.

Imagens de TV mostravam ambulâncias e carros de polícia no local. "Eu ouvi uma enorme explosão. Havia fumaça e um cheiro muito forte, mesmo estando a quarteirões de distância", disse uma testemunha à agência Reuters.

Kurtulmus afirmou que o ataque foi "bem plenajado". O porta-voz do partido do governo AK, Omer Celik, e o ministro da Justiça, Bekir Bozdag, disseram pelo Twitter que a explosão foi um ato de terrorismo.

Mais cedo, polícia havia indicado que a explosão foi causada por um veículo. O governador de Ancara disse que o ataque visou veículos do exército perto da praça central de Kizilay. Segundo as primeiras informações divulgadas pela TV turca NTV, a explosão teria atingido um dormitório militar.

O premiê turco, Ahmet Davutoglu, que deveria fazer uma visita oficial à Bélgica na tarde desta quarta, adiou sua viagem a Bruxelas depois da explosão.

Nenhum grupo assumiu a responsabilidade pelo ataque.

A Turquia vive um estado de alerta permanente desde o último verão no hemisfério norte, quando começou a enfrentar uma série de ataques que o governo atribuiu ao grupo jihadista Estado Islâmico. Além disso, desde o ano passado o país está imerso em um novo conflito contra os curdos do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), proibido na Turquia e que se rebelou há uma década contra o Estado turco.

07 janeiro 2016

Produção de veículos no Brasil cai 22,8% em 2015, diz Anfavea

Indústria automotiva do país tem a produção mais baixa desde 2006.
Saíram das fábricas instaladas no país 2.429.463 unidades


A produção de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus no Brasil encolheu 22,8% em 2015, em relação ao ano anterior, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (7) pela associação de fabricantes (Anfavea). No ano passado, saíram das fábricas instaladas no país 2.429.463 unidades, contra 3.146.386 em 2014.
Com o resultado ruim, a indústria automotiva do país volta a nível registrado em 2006 (2,4 milhões), afirmou o presidente da Anfavea, Luiz Moan. O pico foi em 2013, com 3,71 milhões de unidades.
"A crise em 2015 não teve precedentes em termos de profundidade. As questões políticas acabaram contaminando a economia de uma forma bastante forte, diminuindo a confiança do consumidor e do empresário", disse Moan.
Empregos
No final de dezembro, as montadoras de veículos empregavam diretamente 129.776 trabalhadores, o que significa o fechamento de 10,2% dos postos, em relação aos 144.508 empregados no final de 2014. Em 2013, o setor empregava 157 mil.
Segundo Moan, cerca de 5,1 mil funcionários encerraram o ano afastados de suas funções devido a suspensão temporária dos contratos (lay-off), e outros 35,6 mil podem entrar noPlano de Proteção ao Emprego (PPE), proposto pelo governo federal.
Segmentos
A fabricação de carros, picapes, SUVs e furgões caiu menos que a média geral, que inclui caminhões e ônibus. Em 2015, foram produzidos 2.333.903 milhões de automóveis e comerciais leves - uma redução de 21,5% na comparação com os 2,97 milhões de 2014.
Já a produção de caminhões despencou 47,1%, para apenas 74.062 unidades em 2015. De acordo com a entidade, o nível de vendas voltou ao de 2003 e o de produção a 2002.
No segmento extrapesado, a queda chegou a 60%, segundo Luiz Carlos de Moraes, vice-presidente da Anfavea.
As linhas de montagem de ônibus concluíram apenas 21.498 unidades, o que representa declínio de 34,7%, ante o ano anterior.
Vendas
O ritmo das linhas de montagem acompanhou os emplacamentos de veículos no país, que tiveram queda de 26,55% em 2015. Foi o 3º ano seguido de baixa e pior resultado de vendas desde 2007.
De acordo com a Anfavea, os licenciamentos de carros novos importados caíram 32,8%, índice superior ao dos novos nacionais, que foi de 25,2%.
Exportações
Se 2015 teve um ponto positivo foi o aumento das exportações, que cresceram 24,8%. De acordo com a entidade, saíram do país 416.955 unidades de carros, caminhões e ônibus. A aposta para 2016 também é o mercado externo, a partir de novos acordos firmados com ParaguaiColômbiaUruguai.
No entanto, em valores, as exportações caíram cerca de US$ 1 bilhão, para US$ 10,49 bilhões em 2015. De acordo com Moan, a queda do valor se deve a poucos veículos de alto valor exportados, como caminhões.
Renovação da frota
Diferentemente da Fenabrave, que reúne as distribuidoras de veículos, a Anfavea não acredita em uma definição a curto prazo sobre o projeto de renovação da frota, apresentado ao governo federal. A proposta foi feita por 19 instituições em dezembro.
A Anfavea já havia entregue um plano de renovação para caminhões há cerca de 1 ano e meio, mas ainda não teve resposta do governo. "Como sabíamos que o governo faria uma análise bastante profunda, decidimos incluir os veículos leves", afirmou Moan.
"Renovação da frota é um objetivo da nossa entidade há mais de 20 anos. A idade media é muito alta, principalmente de caminhões: 250 mil têm mais de 30 anos. É um desperdício de produtividade", completou o executivo.
07/01/2016 11h24 - Atualizado em 07/01/2016 13h58

Produção de veículos no Brasil cai 22,8% em 2015, diz Anfavea

Indústria automotiva do país tem a produção mais baixa desde 2006.
Saíram das fábricas instaladas no país 2.429.463 unidades

Luciana de OliveiraDo G1, em São Paulo
Funcionário monta um carro em fábrica da Volkswagen em São Bernardo do Campo, São Paulo. (Foto: Reuters)Funcionário monta um carro em fábrica da Volks em
São Bernardo do Campo, São Paulo (Foto: Reuters)
A produção de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus no Brasil encolheu 22,8% em 2015, em relação ao ano anterior, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (7) pela associação de fabricantes (Anfavea). No ano passado, saíram das fábricas instaladas no país 2.429.463 unidades, contra 3.146.386 em 2014.
Com o resultado ruim, a indústria automotiva do país volta a nível registrado em 2006 (2,4 milhões), afirmou o presidente da Anfavea, Luiz Moan. O pico foi em 2013, com 3,71 milhões de unidades.
"A crise em 2015 não teve precedentes em termos de profundidade. As questões políticas acabaram contaminando a economia de uma forma bastante forte, diminuindo a confiança do consumidor e do empresário", disse Moan.
Produção de veículos no Brasil
Em milhões de unidades
2,352,42,823,053,073,383,413,43,713,142,4220052010201501234
Fonte: Anfavea
Empregos
No final de dezembro, as montadoras de veículos empregavam diretamente 129.776 trabalhadores, o que significa o fechamento de 10,2% dos postos, em relação aos 144.508 empregados no final de 2014. Em 2013, o setor empregava 157 mil.
Segundo Moan, cerca de 5,1 mil funcionários encerraram o ano afastados de suas funções devido a suspensão temporária dos contratos (lay-off), e outros 35,6 mil podem entrar noPlano de Proteção ao Emprego (PPE), proposto pelo governo federal.
Segmentos
A fabricação de carros, picapes, SUVs e furgões caiu menos que a média geral, que inclui caminhões e ônibus. Em 2015, foram produzidos 2.333.903 milhões de automóveis e comerciais leves - uma redução de 21,5% na comparação com os 2,97 milhões de 2014.
Já a produção de caminhões despencou 47,1%, para apenas 74.062 unidades em 2015. De acordo com a entidade, o nível de vendas voltou ao de 2003 e o de produção a 2002.
No segmento extrapesado, a queda chegou a 60%, segundo Luiz Carlos de Moraes, vice-presidente da Anfavea.
As linhas de montagem de ônibus concluíram apenas 21.498 unidades, o que representa declínio de 34,7%, ante o ano anterior.
Vendas
O ritmo das linhas de montagem acompanhou os emplacamentos de veículos no país, que tiveram queda de 26,55% em 2015. Foi o 3º ano seguido de baixa e pior resultado de vendas desde 2007.
De acordo com a Anfavea, os licenciamentos de carros novos importados caíram 32,8%, índice superior ao dos novos nacionais, que foi de 25,2%.
Exportações
Se 2015 teve um ponto positivo foi o aumento das exportações, que cresceram 24,8%. De acordo com a entidade, saíram do país 416.955 unidades de carros, caminhões e ônibus. A aposta para 2016 também é o mercado externo, a partir de novos acordos firmados com ParaguaiColômbiaUruguai.
No entanto, em valores, as exportações caíram cerca de US$ 1 bilhão, para US$ 10,49 bilhões em 2015. De acordo com Moan, a queda do valor se deve a poucos veículos de alto valor exportados, como caminhões.
Renovação da frota
Diferentemente da Fenabrave, que reúne as distribuidoras de veículos, a Anfavea não acredita em uma definição a curto prazo sobre o projeto de renovação da frota, apresentado ao governo federal. A proposta foi feita por 19 instituições em dezembro.
A Anfavea já havia entregue um plano de renovação para caminhões há cerca de 1 ano e meio, mas ainda não teve resposta do governo. "Como sabíamos que o governo faria uma análise bastante profunda, decidimos incluir os veículos leves", afirmou Moan.
"Renovação da frota é um objetivo da nossa entidade há mais de 20 anos. A idade media é muito alta, principalmente de caminhões: 250 mil têm mais de 30 anos. É um desperdício de produtividade", completou o executivo.
Expectativa para 2016
A Anfavea projeta um crescimento de 0,5% na produção nacional de veículos em 2016, mesmo com uma estimativa de nova queda dos licenciamentos, de 7,5%. As exportações devem aumentar 8,1%, segundo projeção da entidade.
Para chegar a este resultado, a entidade usou como base a previsão de queda de 3% do PIB e também a média diária de vendas do terceiro trimestre de 2015, que ficou em 9.425 unidades por dia. O presidente da Anfavea chamou essa média de "porão da crise", porque no 4ª trimestre a média subiu.