O Carnaval 2008 de Raul Soares, realizado em seis dias, aconteceu de forma grandiosa, mais uma vez. O que não podia ser diferente como em todos os anos ostentando o título do melhor carnaval da região. A promoção é da Prefeitura do Município, com apoio da Liga das Escolas de Samba e Blocos Caricatos.O público folião em torno de 5 a 6 mil participantes, por dia, não se importou com as chuvas que caíram, brincaram o carnaval com
muita alegria, contentamento e disciplina não havendo registro de incidentes alheios à festa de Momo. Esse público concentrou-se no centro da cidade sobre tendas próprias de abrigo ao som de várias bandas musicais, outros para assistirem os desfiles dos blocos caricatos e escolas de samba.A cidade recebeu visitantes diversos, muitas vezes acompanhados de familiares, provenientes de várias cidades da região, de Minas
Gerais e de outros Estados, contribuindo com o crescimento da economia e abrindo divisas a outras localidades, além de aumentar o brilhantismo dessa festa raul-soarense que se estende (principalmente) à noite e durante todo o dia...A realização deste ano, também, serviu para ratificar o que estamos falando há algum tempo de que o carnaval no centro da cidade de Raul Soares não dá mais em função do pequeno espaço
para abrigar o carnavalesco, público, barracas, palco, rodoviária, pontos de táxi, avenida que é seguimento de rodovia, entre outros entraves para obtenção de êxitos compreendendo conforto, mais segurança e outros atrativos a oferecer aos presentes.É que essa festa popular cresce e, a cada ano, recebe mais gente, mais participantes e, por isso, precisa ser realizado em um outro local mais amplo, estruturado, e que ofereça as melhores condições
a todos. Citamos, também, nas outras oportunidades, o Parque de Exposições e a Vila Barbosa, onde poderá se realizar um carnaval de resultados positivos, mais profissional (industrializado) e qualificado, propiciando mais sucesso e maiores lucros aos promotores e demais seguimentos de apoio. Essa afirmativa não é somente nossa, outras pessoas têm esta mesma opinião e recebem adesão de outros quando se toca no assunto.Por falar em avenida, onde acontecem os desfiles, vai aqui uma
observação aos carnavalescos. Ali é parte integrante da rodovia MG-329 que liga duas rodovias federais – BR 262 em Rio Casca e Rio-Bahia em Caratinga - recebendo diariamente mais ou menos 800 veículos passantes, carros menores, ônibus, caminhões e carretas (com muitas toneladas) que, quando chegam no centro da cidade, local do cortejo carnavalesco, não têm para onde ir, não tem um desvio e ninguém de direito que possa informar aos inúmeros condutores que se barram na corda protetora, meio a uma
multidão, som estridente de veículos ensurdecedores, no meio da muvuca.Esses inconvenientes, entre outros de conforto, além de tirar o brilho do carnaval, com certeza, levam muitos participantes a se ausentarem nos próximos anos...
Neste ano, a organização foi boa e deu conta do recado. Os adornos
carnavalescos foram melhorados assim como a iluminação na avenida, mas o som para as escolas de samba foi o da pior qualidade já apresentado. Algumas pessoas criticaram a qualidade das bandas musicais e a ausência de música carnavalesca, sobretudo as saudosas e imortais marchinhas, e elogiaram a vigilância e segurança proporcionada pelos policiais e demais profissionais em serviço. Não foram poupadas críticas ao odor, insuportável para muitos, provocado por urinas, fezes, lixo, 
bebidas e outros dejetos nas áreas próximas do local carnavalesco e a presença de carros-de-som com alto falantes e cornetas agressivas na contramão dos decibelímetros permitidos.Em contrapartida, o suporte dos bares e comércio em geral foi plausível, de valia e de boa qualidade. A diferença a mais fica por conta dos barraqueiros, em seus acessórios e guloseimas que fortificaram a folia e, principalmente, o feijão-tropeiro que foi o destaque na opinião geral. Aliás esse prato é o mais cobiçado
durante as festas em Raul Soares, podendo virar-se em tradição e especiaria típica raul-soarense.Em um rápido resumo, pode-se dizer que valeu!
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