28 janeiro 2009
MINAS REGISTRA PRIMEIRA MORTE SUSPEITA DE DENGUE HEMORRÁGICA EM FABRICIANO
CORONEL FABRICIANO – Foi sepultado ontem, pela manhã, em Coronel Fabriciano, no Vale do Aço, o açougueiro José dos Santos Silva, 45 anos. Ele é o primeiro caso de morte suspeita de ter sido causada por dengue hemorrágica em Minas Gerais neste ano. Uma adolescente de 13 anos está internada, em Ipatinga, na mesma região, também com suspeita de ter contraído a forma mais grave da doença, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Estes são os únicos casos suspeitos admitidos pela Secretaria de Estado de Saúde (SES). A confirmação só sairá após a realização de exames pela Fundação Ezequiel Dias (Funed), nos próximos dias.
Outro caso suspeito de dengue hemorrágica no Vale do Aço é atribuído a uma mulher, de 34 anos, que está internada desde a noite da última segunda-feira no Hospital Vital Brazil, em Timóteo. A SES ainda não reconhece essa informação, embora o hospital já tenha notificado a Vigilância Epidemiológica Municipal e a própria secretaria estadual.
O açougueiro José dos Santos morreu na madrugada de segunda-feira, no Hospital Siderúrgica, em Coronel Fabriciano. Ele havia sido internado na noite de sábado. Segundo sua mulher, Maria Luzia dos Santos, 38 anos, o marido gemia muito de dor e ficava tremendo. O Atestado de Óbito fornecido pelo Hospital Siderúrgica foi assinado pelo clínico-geral Leonardo Barbosa, que apontou a morte de José dos Santos como sendo “em consequência de dengue hemorrágica”.
Em Ipatinga, a adolescente Júlia Santos Guimarães, 13 anos, moradora do Bairro Cidade Nobre, também foi internada no último final de semana, na UTI do Hospital Márcio Cunha. Segundo o pai da garota, Honney Guimarães, ela começou com os sintomas da dengue clássica na quarta-feira da semana passada e teve febre no dia seguinte, sendo levada ao pronto-socorro. Júlia foi liberada, com suspeita de dengue clássica. Entretanto, no final de semana seu quadro agravou e ela foi internada.
Sobre o caso do açougueiro e da adolescente, a SES ressalta, em nota, que não há confirmação de dengue hemorrágica e que “o quadro clínico-laboratorial pode ter sido decorrente de infecções bacterianas (sepse, meningite, leptospirose etc) ou virais”. “A hipótese de óbito por dengue somente poderá ser confirmada ou descartada a partir de exames laboratoriais enviados à Funed”, esclarece a nota.
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