Fabricantes terão que
diminuir ruídos de
liquidificadores, aspiradores e secadores
A partir do dia 20 de fevereiro de 2014, os
fabricantes de liquidificadores, aspiradores de pó e secadores de cabelo terão
que se adequar a nova rega do Programa Nacional de Educação e Controle de
Poluição Sonora e Silêncio e diminuir o nível de ruídos dos aparelhos. A
iniciativa é uma parceria do Programa Brasileiro de Etiquetagem do Instituto
Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e do Instituto
Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O
objetivo do projeto é combater o barulho emitido pelos eletrodomésticos do
país.
Os eletrodomésticos, nacionais ou importados, terão
o Selo Ruído que deve estar visível ao consumidor. O selo terá a marca do
Inmetro e do Ibama e deve ser colado no produto ou em sua embalagem para
informar ao consumidor a potência sonora dos aparelhos, para que o consumidor
possa escolher na hora da compra o produto que tenha o menor nível de potência
sonora.
De acordo com o Inmetro, o programa irá orientar o
consumidor na hora de escolher eletrodomésticos mais silenciosos, estimular os
fabricantes a produzir produtos com níveis de ruídos cada vez menores e
proporcionar mais conforto ao cidadão. "O Inmetro recebeu reclamações, por
exemplo, de consumidores que hoje precisam fechar todas as portas e janelas na
hora de usar um liquidificador ou aspirador de pó por causa do barulho. O
consumidor precisa de uma relação de conforto acústico em sua residência, além
de obter as informações sobre o ruído produzido pelos eletrodomésticos de forma
mais transparente", disse o responsável pelo Programa Brasileiro de
Etiquetagem do Inmetro (PBE), Marcos Borges.
Ainda de acordo com Borges, os produtos usados em
salão de beleza não estão inclusos na regra e o foco do Inmetro são os produtos
comerciais. “A frequência e período dos aparelhos que ficam expostos incomodam
as pessoas, mas não prejudica a saúde. É só em questão de conforto mesmo".
O Inmetro começará a fiscalizar os fabricantes e a
entrada dos produtos no país e quem não se adequear a nova regra terá o prazo
de seis meses para retirar as mercadorias de todo o comércio. Em agosto de
2016, a fiscalização do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen),
vai penalizar a empresa que descumprir a regra por meio de uma multa.
Nos próximos dois anos, o Inmetro vai estudar a
implementação da classificação sonora para máquinas de lavar e dos aparelhos de
ar condicionado. "O processo dura dois anos, pois temos que estabelecer a
regulamentação por meio de debates com associações, entidades de defesa do
consumidor, entre outras, para estabelecer os critérios corretos. Depois tem o
prazo de adequação para a indústria certificar os produtos e se adequar à nova
regra e depois nós vamos fiscalizar", explicou.
(Agência
Brasil)
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