Vira-lata
acompanha e vigia menino de 2
anos que ficou perdido por 12 horas em mata
Bom Jesus do Amparo – O cão é mesmo o melhor amigo do homem – e, principalmente, das crianças. A história do pequeno Luiz Otávio Soares Barcelos, de dois anos e meio, e seu companheiro, o vira-lata “Oreia”, de três, emociona a cidade localizada na Região Central, a 70 quilômetros de Belo Horizonte, e leva um grande alívio à comunidade rural de Três Barras, a pouco mais de meia hora do Centro da cidade. Tudo começou por volta das 18h de segunda-feira, quando, logo depois de chegar cansada da capital e dar um banho caprichado no filho, a dona de casa Mislene Gonzaga Soares, de 24, por um descuido, não viu quando o garotinho desapareceu, como se fosse num passe de mágica. Amigo verdadeiro, Oreia foi atrás. “Foi mesmo um descuido de segundos. Meu filho é muito esperto, a gente tem que ficar de olho, mas ele nunca sumiu assim”, disse, ontem, Mislene, que só teve novamente os filhos nos braços, para muitos beijos e amamentação, às 6h de terça-feira. “Oreia foi um anjo protetor”, definiu ela. |
Mais
de 30 pessoas da comunidade, além dos bombeiros do município vizinho de Nova
União, se embrenharam no mato até que o menino foi encontrado, sem fralda,
dormindo tranquilamente numa moita, a mais de um quilômetro de casa. Ao lado,
estava o cão protetor e de estimação. Foram 12 horas de tensão, agonia e muitas
lágrimas. Desesperada e aflita, Milene caminhou horas no mato com um lanterna.
"Logo que saí à procura dele, encontrei a fralda no caminho. Um motoqueiro
passou e, ao me ver nervosa, disse que tinha visto um menino correndo em
direção ao alto da serra", recorda-se Mislene. “Então, ouvi a voz de uma
criança, mas não consegui encontrar meu filho”, conta com os olhos brilhando.
Ao serem acionados, os bombeiros chegaram e intensificaram as buscas, que vararam a madrugada. “Eu me lembro que, numa certa hora da noite, quando voltei à minha casa, vi Oreia no quintal. Mas logo ele desapareceu no meio da escuridão”, diz Mislene abraçada ao menino, que não desgruda do cachorro nem de um chapeuzinho preto.
Ao serem acionados, os bombeiros chegaram e intensificaram as buscas, que vararam a madrugada. “Eu me lembro que, numa certa hora da noite, quando voltei à minha casa, vi Oreia no quintal. Mas logo ele desapareceu no meio da escuridão”, diz Mislene abraçada ao menino, que não desgruda do cachorro nem de um chapeuzinho preto.
Mãe
faz carinho no cão que protegeu criança
|
Sem
ferimentos Luiz Otávio não para quieto um minuto. Quando não está correndo pelo
caminho poeirento, próximo à casa, corre atrás ou ao lado de Oreia. "Ele
quase não fala, mas é muito esperto", brinca a mãe, sem esconder o olhar
de vigilância sobre o garoto. Ela conta que, ao ser encontrado, o menino foi
levado para o hospital de Itabira, a 45 quilômetros de Bom Jesus do Amparo,
para exames. "Felizmente, ele não ficou ferido, não tinha nem arranhão.
Imagina, passou a noite no mato.”
Na tarde dessa quarta-feira, o sargento Rafael Alves, do Corpo de Bombeiros de Nova União, esteve na comunidade de Três Barras e reencontrou a família. Pegou Luiz Otávio no colo e ressaltou que a topografia da região é muito acidentada, além de ter animais peçonhentos, como cobras. "Foi uma grande vitória e este menino é o troféu. É uma história com final feliz". Ele disse que a lua cheia facilitou as buscas.
O nome Oreia, lembrou a mãe, foi dado porque, ao chegar filhote à casa, o vira-lata era magricelo e tinha orelhas enormes. "Aí, ficou o nome." Os moradores de Bom Jesus do Amparo também comemoraram. "Este caso mostra que o cão é mesmo o melhor amigo do homem. Estamos todos muito satisfeitos", disse a agente de saúde Jéssica da Mata Oliveira.
Na tarde dessa quarta-feira, o sargento Rafael Alves, do Corpo de Bombeiros de Nova União, esteve na comunidade de Três Barras e reencontrou a família. Pegou Luiz Otávio no colo e ressaltou que a topografia da região é muito acidentada, além de ter animais peçonhentos, como cobras. "Foi uma grande vitória e este menino é o troféu. É uma história com final feliz". Ele disse que a lua cheia facilitou as buscas.
O nome Oreia, lembrou a mãe, foi dado porque, ao chegar filhote à casa, o vira-lata era magricelo e tinha orelhas enormes. "Aí, ficou o nome." Os moradores de Bom Jesus do Amparo também comemoraram. "Este caso mostra que o cão é mesmo o melhor amigo do homem. Estamos todos muito satisfeitos", disse a agente de saúde Jéssica da Mata Oliveira.
(Gustavo Werneck)
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