Anvisa proíbe venda de 20
lotes de
suplemento de proteína para atletas
Resolução da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa) publicada hoje (19) no Diário Oficial da União proíbe a
distribuição e a comercialização, em todo o território nacional, do Lote 156/12
do produto Suplemento Proteico para Atletas, marca 100% Whey Protein, data de
fabricação 02/12/2012, data de validade 02/12/2014, fabricado por Vulgo
Suplementos Indústria de Alimentos Ltda.
De acordo com o texto, a decisão foi tomada levando
em consideração laudo emitido pela Fundação Ezequiel Dias que apresentou
resultado insatisfatório para ensaio de carboidratos, por ter sido detectada
quantidade superior em mais de 20% ao valor declarado no rótulo do produto.
Em fevereiro, a Anvisa proibiu a venda de 20 lotes
de suplemento de proteína, pois a composição real dos produtos era diferente da
informada na rotulagem, o que caracterizou fraude contra o consumidor e prática
desleal de comércio. Alguns desses produtos também apresentaram alterações no
ensaio de carboidratos.Foi constatada ainda a ausência da informação de que os
produtos contêm soja. Isso pode implicar em risco à saúde de consumidores com
alergia ao alimento.
A legislação brasileira tolera uma variação de
cerca de 20% nas quantidades de nutrientes declaradas no rótulo. Dos 20
produtos com problemas na composição, 19 apresentaram valores de carboidratos
superiores aos declarados e um deles tem menos carboidratos do que a quantidade
informada na tabela nutricional.
Entre os produtos avaliados, apenas um apresentou
resultados satisfatórios para todos os ensaios: o produto 100% Pure Whey, da
empresa Probiótica Laboratórios Ltda.
Os produtos 100% Whey Protein e 3 Whey Proto NO2 da
empresa Neo Nutri Suplementos Nutricionais Ltda apresentaram resultados
insatisfatórios apenas para a rotulagem, mas as quantidades de carboidratos e
proteínas estavam de acordo com as declaradas no rótulo.
Os três produtos que tiveram maiores variações para
o ensaio de carboidratos foram: Whey NO2 Pro – Pro Corps (aroma milho), para o
qual foram detectadas 17,66g de carboidratos na porção, o que representa 1.104%
a mais do que o valor de 1,6g divulgado no rótulo; Fisio Whey Concentrado NO2,
que apresentou 9,5g de carboidrato na porção, ou seja, 869% a mais do que o
valor de 0,98g informado pelo fabricante; 100% Ultra Whey – Ultratech
Supplements, onde foram detectadas 25,51g de carboidratos na porção (750% a
mais do que o valor de 3g escrito na rotulagem).
Para 11 produtos, verificou-se a ausência de
declaração de ingredientes como amido, milho, soja e ou fécula de mandioca. A
legislação determina a obrigatoriedade de informar na embalagem todos os
ingredientes contidos no produto, o que deve ser feito em ordem decrescente da
respectiva proporção.
Para o ensaio de proteínas, sete produtos
apresentaram composição divergente, em mais de 20%, do valor declarado na
rotulagem. O produto Whey NO2 Pro – Pro Corps (aroma milho), que também obteve
o pior resultado para o ensaio de carboidratos, apresentou a maior variação
para o ensaio de proteínas: 245% a menos do que o valor de 25g declarado na
rotulagem.
Para dois produtos, a Anvisa ainda aguarda análises
de contraprova. Caso haja confirmação do laudo condenatório inicial, os lotes
dos produtos também serão proibidos.
“A Anvisa esclarece que os lotes proibidos não
podem ser expostos à venda. Caso o consumidor identifique esses produtos em
pontos de venda, deve denunciar o estabelecimento à vigilância sanitária de seu
município”, informa a nota.
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