PIB de Minas decepciona e
cresce apenas 0,5% em 2013
O desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) de
Minas Gerais em 2013 foi decepcionante. No ano, o crescimento foi de apenas
0,5%. O resultado foi impactado principalmente pelo desempenho negativo da
indústria (-1,8%), mas também pelo crescimento abaixo do esperado dos setores
de serviços e agropecuária, que avançaram 1,6% e 0,5%, respectivamente. No mesmo
período, o Brasil cresceu 2,3%, com destaque para a expansão de 7% no campo.
Os dados, divulgados nesta terça-feira (11) pela Fundação João Pinheiro (FJP), mostram que o setor industrial mineiro foi bastante prejudicado pela performance desfavorável da indústria extrativa mineral (-6,1%) e pelo nível baixo de água no lago de Furnas, sobretudo no primeiro semestre, o que acarretou uma retração, no ano, de 6,7% no grupo de produção e distribuição de energia e saneamento.
“Há muito tempo a matriz de geração de energia hidrelétrica em Minas não sofria um impacto tão forte de condições climáticas adversas como no início de 2013. O Estado deixou de exportar energia para importar eletricidade proveniente de termelétricas”, explicou o diretor do Centro de Estatística e Informações (CEI) da FJP, Frederico Poley Martins Ferreira.
Apetite chinês
Já a queda da indústria extrativa mineral, de 6,1%, deveu-se principalmente ao menor apetite dos chineses por minério de ferro. “Houve redução da produção. O mercado externo, especialmente a China, comprou menos. Além da desaceleração gradual nas vendas, o setor também sofreu com a retração dos preços”, disse Ferreira.
Outro setor importante em Minas, o de fabricação de veículos automotores, exceto caminhões e ônibus, também teve variação negativa no ano, de 7,6%, ante desempenho positivo de 7,2% no país.
“Foi inesperada a retração na produção física de veículos automotores no Estado em 2013, captada pela Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física, do IBGE, tendo em vista o crescimento da produção do setor nos demais Estados”, avaliou o pesquisador do CEI, Thiago Almeida.
Industriais já esperavam resultado ruim
Para o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Olavo Machado Júnior, o anúncio do crescimento de 0,5% do PIB de Minas pela Fundação João Pinheiro já era esperado pelos empresários mineiros.
“A China encolheu suas compras, então nossas commodities tiveram menos saída, menos mercado. Apesar dos avanços, nossa pauta ainda é concentrada. Daí a incansável batalha para diversificar a economia”, disse.
Já a queda na produção e comercialização de carros, segundo Olavo Machado, é mais uma consequência do esgotamento da política econômica brasileira, que durante muito tempo privilegiou o consumo.
“As famílias já estão endividadas. E com os juros cada vez mais altos está difícil pegar empréstimos e financiar”, afirmou. Para ele, as estatísticas ruins da indústria automotiva em Minas devem em breve aparecer em âmbito nacional. “Temos um grande parque industrial de veículos em Minas. Mas o problema será generalizado”, afirmou.
Por fim, o presidente da Fiemg afirmou ter dúvidas com relação à diferença de performances no PIB de Minas e do Brasil, de 0,5% e 2,3%.
“É preciso cuidar de coisas essenciais, como a austeridade fiscal e os gastos públicos. O mundo real me parece muito diferente do mundo maquiado que o governo Federal está querendo pintar”, ressaltou.
Os dados, divulgados nesta terça-feira (11) pela Fundação João Pinheiro (FJP), mostram que o setor industrial mineiro foi bastante prejudicado pela performance desfavorável da indústria extrativa mineral (-6,1%) e pelo nível baixo de água no lago de Furnas, sobretudo no primeiro semestre, o que acarretou uma retração, no ano, de 6,7% no grupo de produção e distribuição de energia e saneamento.
“Há muito tempo a matriz de geração de energia hidrelétrica em Minas não sofria um impacto tão forte de condições climáticas adversas como no início de 2013. O Estado deixou de exportar energia para importar eletricidade proveniente de termelétricas”, explicou o diretor do Centro de Estatística e Informações (CEI) da FJP, Frederico Poley Martins Ferreira.
Apetite chinês
Já a queda da indústria extrativa mineral, de 6,1%, deveu-se principalmente ao menor apetite dos chineses por minério de ferro. “Houve redução da produção. O mercado externo, especialmente a China, comprou menos. Além da desaceleração gradual nas vendas, o setor também sofreu com a retração dos preços”, disse Ferreira.
Outro setor importante em Minas, o de fabricação de veículos automotores, exceto caminhões e ônibus, também teve variação negativa no ano, de 7,6%, ante desempenho positivo de 7,2% no país.
“Foi inesperada a retração na produção física de veículos automotores no Estado em 2013, captada pela Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física, do IBGE, tendo em vista o crescimento da produção do setor nos demais Estados”, avaliou o pesquisador do CEI, Thiago Almeida.
Industriais já esperavam resultado ruim
Para o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Olavo Machado Júnior, o anúncio do crescimento de 0,5% do PIB de Minas pela Fundação João Pinheiro já era esperado pelos empresários mineiros.
“A China encolheu suas compras, então nossas commodities tiveram menos saída, menos mercado. Apesar dos avanços, nossa pauta ainda é concentrada. Daí a incansável batalha para diversificar a economia”, disse.
Já a queda na produção e comercialização de carros, segundo Olavo Machado, é mais uma consequência do esgotamento da política econômica brasileira, que durante muito tempo privilegiou o consumo.
“As famílias já estão endividadas. E com os juros cada vez mais altos está difícil pegar empréstimos e financiar”, afirmou. Para ele, as estatísticas ruins da indústria automotiva em Minas devem em breve aparecer em âmbito nacional. “Temos um grande parque industrial de veículos em Minas. Mas o problema será generalizado”, afirmou.
Por fim, o presidente da Fiemg afirmou ter dúvidas com relação à diferença de performances no PIB de Minas e do Brasil, de 0,5% e 2,3%.
“É preciso cuidar de coisas essenciais, como a austeridade fiscal e os gastos públicos. O mundo real me parece muito diferente do mundo maquiado que o governo Federal está querendo pintar”, ressaltou.
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