20 março 2014

Vereadora de Argirita foi morta
pelo marido por causa de traição

Daniela Maria do Carmo Paula, 32 anos, traba-
lhava no Procon de Argirita, na Zona da Mata
A vereadora Daniela Maria Carmo Paula, de Argirita, na Zona da Mata mineira, foi morta pelo marido por causa de uma traição. O crime foi desvendado pela equipe de policiais civis do Departamento de Investigação de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DIHPP) e o resultado das investigações apresentado nesta quarta-feira (19). 

Daniele foi assassinada por Marcelo Evangelista Barbosa, com quem tinha constantes conflitos conjugais. Ele foi preso durante cerco policial montado próximo a Juiz de Fora e, atualmente, está no Presídio de Leopoldina.

O crime ocorreu no dia 17 de abril do ano passado, dentro do banheiro do Procon de Argirita, local onde a vítima trabalhava. Barbosa foi visto entrando no Procon no mesmo dia e testemunhas afirmam terem flagrado o suspeito percorrendo todo o trajeto que leva ao órgão. Elas ainda revelaram para a polícia que nenhuma pessoa desconhecida foi vista na proximidade. Argirita tem cerca de 2 mil habitantes, o que reforça as declarações das testemunhas.

Segundo a responsável pelas investigações do homicídio, a delegada Alice Batello, ao notar a chegada do marido, Daniela correu para dentro do banheiro do Procon para que ninguém a ouvisse discutindo com o companheiro. Amigos da vítima relataram que, sempre durante seus desentendimentos com o marido, a vereadora tinha esse hábito.

Daniela foi morta com um tiro de pistola calibre 380 na cabeça e a polícia suspeita que Barbosa tenha usado um silenciador. Ele esperou passar 15 minutos da morte da mulher e saiu do Procon pedindo socorro para ela.

Antes do crime, Barbosa mexeu no celular da vítima, quando teria apagado as mensagens que a mulher trocava com o amante. Após matá-la, ele ainda foi para casa da mãe, tomou banho e lavou as roupas.

Ainda conforme a delegada, o marido da vereadora era usuário de cocaína e ficava extremamente agressivo devido à dependência química. A vítima era alvo constante das agressões do companheiro e, por isso, queria terminar o casamento de quase dois anos. Mas, Barbosa não aceitava o término da relação. Os dois viviam na mesma casa, onde dormiam em quartos separados. (*Com informações da PC)

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