Deputados estaduais, federais e senadores
eleitos por Minas gastaram R$ 146,57 mi
Conquistar uma cadeira na Assembleia Legislativa de Minas Gerais custou em média R$ 729 mil, conforme levantamento com base na prestação de contas final dos candidatos eleitos em 2010. Ao todo, os 77 escolhidos pelos mineiros consumiram a bolada de R$ 56.168.792,72. No papel, a dinheirama foi aplicada em combustível, aluguel de veículos, material de campanha, pagamento de apoiadores, água, luz, comida, telefone entre outras despesas de campanha. Parece muito, mas ainda foi inferior ao custo total da empreitada dos 53 deputados federais vitoriosos. Juntos eles gastaram exatos R$ 75.698.478,12.
No entanto, a média que mais salta aos olhos é a dos eleitos para as duas vagas para o Senado. Para se eleger, a dupla Aécio Neves (PSDB) e Itamar Franco (PPS) dispôs de nada menos que R$ 14.705.387,17, perfazendo a média de R$ 7,3 milhões para cada campanha. Aécio gastou R$ 11,9 milhões, já Itamar R$ 2,7 milhões. Somando tudo, a campanha para o Parlamento no segundo maior colégio eleitoral do país ficou em nada menos que R$ 146.572.658,01. O montante exclui a planilha do deputado federal Gabriel Guimarães (PT) que, por problemas técnicos, ainda não está disponível.
Para se ter uma ideia, o prêmio recorde pago pela Mega-Sena alcançou R$ 144,9 milhões. A fortuna da campanha, por exemplo, seria suficiente para comprar 5 mil carros populares, 662 mil cestas básicas ou até construir 1,5 mil moradias do padrão do programa Minha Casa Minha Vida, do governo federal.
Entre os eleitos para a Assembleia, só dois encaminharam informações com gastos superiores a R$ 2 milhões; acima de R$ 1 milhão, foram 17; entre R$ 501 mil a R$ 1 milhão, 30; o restante, 28 deputados, gastou menos de R$ 499 mil.
Pelo trâmite, depois de verificada pelos magistrados e auditores do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), a papelada será remetida à apreciação do procurador regional eleitoral Felipe Peixoto Braga Neto, do Ministério Público Federal (MPF). Em seguida, a corte de juízes e desembargadores do TRE julga em definitivo as prestações de contas.
De acordo com as regras, há três opções para a Justiça eleitoral: aprovar, rejeitar ou aprovar com ressalvas. Em 2006, cinco deputados eleitos e um candidato derrotado tiveram as contas rejeitadas: Juvenil Alves (sem partido), Durval Ângelo (PT), Maria Lúcia Mendonça (DEM), Zezé Perrella (PDT), Elismar Prado (PT) e Mauro Lobo (PMDB).
Depois de idas e vindas de imbróglio jurídico, só Juvenil e Maria Lúcia Mendonça perderam o mandato. Eles foram cassados por caixa 2, enquanto os outros conseguiram ajustar a contabilidade e tiveram suas contas aprovadas com ressalva.
É bastante variada a prestação de contas entregue pelos deputados estaduais eleitos à Justiça eleitoral. Houve marinheiro de primeira viagem como o ex-jogador Marques (PTB) que gastou pouco mais de R$ 130 mil. Por outro lado, político velho de estrada como o tucano Lafayette Andrada despendeu R$ 1,3 milhão.
Novato na política, o empresário Hélio Gomes é o campeão em gastos de campanha. Proprietário do Grupo HG, que inclui 25 postos de combustíveis e várias outras empresas das áreas de hotelaria, alimentação, transporte, medicina e engenharia ambiental, além da Big Card – Administradora de Cartões e Convênios, Gomes teve despesas de R$ 2,3 milhões. Em contrapartida, obteve 44.704 votos pelo nanico PSL.
Herdeiro do Grupo Líder, que conta com quase 50 concessionárias autorizadas espalhadas pelo país, o empresário Bráulio Braz (PTB) ostenta a segunda colocação no ranking dos gastadores, com R$ 2,1 milhões em despesas. Com102.530 votos conquistados, Braz foi reeleito para o segundo mandato consecutivo.
Fazendeiro e empresário, Luiz Humberto Carneiro (PSDB) foi reeleito para o quarto mandato com 88.963 votos. A campanha do tucano consumiu R$ 1,6 milhão. Sendo assim, ele ocupa a terceira colocação em dispêndio de recursos.
(FONTE: Portal Uai)
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