Nível do sistema Cantareira caiu para 13% neste sábado (5) |
Representantes dos governos de São Paulo, Rio de
Janeiro e Minas Gerais decidiram nesta quarta-feira (09), depois de uma reunião
que durou seis horas na Agência Nacional de Águas (ANA), em Brasília, unificar
os dados a respeito da vazão de bacias comuns aos três Estados, como é o caso
do rio Paraíba do Sul. Esse será o primeiro ponto para permitir que cada um dos
Estados tenha seus projetos de uso da água, mas sem prejudicar o Estado
vizinho. Hoje as metodologias adotadas são diferentes, o que atrapalha a
formação de acordos e a solução de problemas como o da crise de abastecimento
que atinge são Paulo.
A primeira exigência, feita pelo Rio de Janeiro, é que São Paulo não inicie nenhum projeto antes da unificação dos padrões de medida de vazão. "O Rio de Janeiro não abre mão de sua posição, que é a regra do Pacto Federativo, construída lá atrás", disse o subsecretário do Ambiente do Rio, Carlos Portinho.
O secretário de Recursos Hídricos de São Paulo, Marco Antonio Mroz, foi embora antes do término da reunião. De qualquer forma, levou o recado para o governador paulista, Geraldo Alckmin, de que nenhuma obra deve ser iniciada antes dessas negociações.
Além dos representantes dos governos paulista, mineiro e fluminense, técnicos da ANA, participaram do debate integrantes do Conselho Estadual de Recursos Hídricos do Rio de Janeiro (CERHI-RJ), Instituto Estadual do Ambiente do Rio de Janeiro (Inea), Agência e Comitê das Bacias Hidrográficas do Rio Paraíba do Sul, além do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM-MG).
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