07 abril 2014

Programa de incentivo faz troca de caminhão velho por um novo isento de IPVA


TROCA – Armando Moura comemora os ganhos com
 a troca do caminhão com 36 anos de uso por um zero km

O empresário Armando Moura, sócio da Waldir Transportes, com sede em Contagem, puxou a fila do Programa Estadual de Incentivo de Renovação da Frota. A empresa foi a primeira a trocar um caminhão com mais de 30 anos de uso por um novinho em folha isento do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). 

O caminhão novo, da linha de pesados Stralis, da Iveco, com 440 cavalos de potência e avaliado em R$ 315 mil, vai substituir um modelo com 36 anos de estrada, que tomará o rumo dos fornos das siderúrgicas na forma de sucata.

Estradeiro em sua essência, o novo caminhão, vendido pela Deva Veículos, será utilizado para o transporte de longa distância, trazendo cargas de porcelanato da região de Florianópolis, em Santa Catarina, para Belo Horizonte.
“Gostamos muito da ideia. Sei que pela sucata não receberemos mais do que R$ 2 mil. Mas a isenção do IPVA compensa, sem falar na contribuição para o meio ambiente e ganho na performance”, destacou Armando, que divide a direção da transportadora com os irmãos Waldir e Sebastião.

O contrato já foi fechado, mas o caminhão novo só deve ser entregue entre 30 e 60 dias. Se o negócio der mesmo certo, como acredita o empresário, o outro veículo fabricado em 1977 que ainda mantém na sua frota também será trocado.
“Vamos pagar uma parte em dinheiro e financiar a outra metade. Os benefícios valem muito a pena e não há burocracia”, disse. Ele também receberá um certificado verde, que lhe dará o direito à isenção sobre mais um caminhão. Há ainda a possibilidade de negociar esse benefício com um outro proprietário.

Conforme explicou o secretário-adjunto da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede), Antônio Eduardo, geralmente o IPVA equivale a 1% do valor do veículo. “Se o caminhão custa R$ 300 mil, significa que o proprietário deixará de pagar cerca de R$ 3 mil por ano de imposto”, afirmou.

O valor de mercado do caminhão antigo é calculado entre R$ 20 mil e R$ 30 mil. Em dez anos, o ganho tributário do proprietário no exemplo citado pelo secretário será de R$ 30 mil. Mas, além disso, haverá os ganhos com economia de combustível e manutenção do modelo mais moderno.

De acordo com o governo mineiro, atualmente circulam em Minas cerca de 94 mil veículos com mais de 30 anos. A expectativa é de renovação de 10% a 15% dessa frota a cada ano. Desde que o programa de renovação de frota foi lançado, no fim do ano passado, 33 entidades mineiras, entre federações, sindicatos, bancos e empresas já assinaram adesão ao programa.

Entre as montadoras credenciadas estão Iveco, Mercedes-Benz e Man (grupo Volkswagen).
As vantagens apontadas por Antônio Eduardo vão desde a maior segurança nas estradas até a questão ambiental. “Caminhões velhos são extremamente poluidores e dão mais despesas, já que quebram com muita frequência e exigem gastos com manutenção”, enumerou.

No Grupo Deva, uma das primeiras concessionárias a aderir à iniciativa, a equipe já foi treinada para orientar os clientes com relação às regras do Programa de Renovação de Frota. “Queremos sair na frente. É um programa que tem potencial para fomentar o mercado, mas que precisa de divulgação”, disse o diretor-geral da empresa, Robinson Romanholli.

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