23 maio 2009

Rio Casca - moradores reivindicam quebra molas na BR 262

A recolocação de quebra-molas em vários trechos da BR-262, na altura da entrada dos bairros Santa Efigênia e Jacarandá, em Rio Casca, é a principal reivindicação de moradores dessas localidades do município da Zona da Mata mineira. Cerca de 100 pessoas, incluindo moradores dos bairros, lideranças e autoridades locais e representantes do Dnit e do DER-MG participaram de audiência pública da Comissão de Transporte, Comunicação e Obras Públicas da Assembleia Legislativa de Minas Gerais realizada nesta sexta-feira (22/5/09) na cidade.

O deputado Juninho Araújo (PRTB), que solicitou a reunião, destacou que já havia passado inúmeras vezes por aquele trecho da rodovia federal e presenciado o drama de várias famílias que perderam entes queridos na estrada. Ele lembrou que antes da implantação de três lombadas eletrônicas, havia vários quebra-molas na estrada. Com a implantação dos radares pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), os quebra-molas foram retirados. Só que, há cerca de dois anos, os radares não funcionam, porque terminou o contrato do Dnit com as operadoras terceirizadas.

População lamenta perda de entes queridos
Vários populares se manifestaram, a maior parte reivindicando os quebra-molas, e alguns lamentando a perda de parentes na estrada. Um dos moradores, Sherman Shneider, o "Alemão", fez um desabafo, lamentando que perdeu há pouco um grande amigo em acidente na BR-262. "Precisamos de proteção para nossas famílias. Precisamos de pessoas que façam, que coloquem quebra-molas para educar os motoristas mal educados. E isso é uma coisa simples, basta umas latas de cimento, para-se o trânsito um pouco e faz [os quebra-molas]", defendeu.


Já o morador Mauro reivindicou a construção de uma via paralela à BR-262 nos 3 km entre o bairro Santa Efigênia e o Centro, para uso de pedestres e ciclistas. Lembrando que há poucos dias, uma mulher foi vítima de estupro nesse trecho, o cidadão solicitou ainda a iluminação do local. Também moradora do bairro, a professora Gislene acompanhou Mauro na defesa de iluminação para a via em que já houve várias tentativas de assalto. E criticou a falta de respeito dos motoristas que trafegam por ali: "Passo no trecho com crianças, vejo motoristas no trevo a mais de 100 km por hora, trombando até em poste".

Também defendendo os quebra-molas, Pedrinho do Som informou que, nos últimos dez anos, houve mais de 70 acidentes no trecho de Rio Casca da rodovia, sendo 28 com vítimas fatais. Ele também condenou a imprudência dos motoristas, que chegariam a trafegar a 140 km por hora. Algumas moradoras reclamaram da insegurança no bairro e pediram reforço policial. O comandante local da Polícia Militar, capitão Sebastião Gualberto Barbosa, respondeu que iria intensificar o policiamento no bairro.

Dnit diz que são necessários estudos
O engenheiro substituto do Dnit em Rio Casca, Vinícius Pires da Silva, explicou que para implantar quebra-molas na BR-262 seria necessário um estudo técnico. Ele disse ainda que não sabia de nenhum pedido formal de instalação de lombadas naquele trecho.
(Síntese da matéria de Renata Ornelas da Assessoria de Imprensa da Assembleia Legislativa de Minas Gerais)

Nosso comentário
Esse trecho está distante a pouco mais de 30 quilômetros de Raul Soares sendo intensamente usado pela população raul-soarense e demais usuários de outras localidades vindos da BR-116 em Caratinga e BR-262 em Rio Casca. Esses usuários sentem, sofrem e reclamam das condições oferecidas pelo trecho que propicia perigo iminente, entre outras mazelas.

No trecho entre Raul Soares e São Pedro dos Ferros tem um desvio muito perigoso, existente desde janeiro de 1985; em todos anos recebe promessas de ‘solução imediata’ por parte dos agentes públicos, principalmente em época de eleição.
O entorno da cidade ferrense, desde o ano passado, está inativo obrigando veículos leves, ônibus, caminhões, carretas e etc. trafegarem por dentro da cidade que provocam problemas de congestionamento, atrasos e danificando o piso das ruas, bem como as redes pluvial e de esgoto. O prefeito José Sílvio tem se empenhado para reativação do entorno que, segundo se informa, é de responsabilidade de órgão federal.
Está difícil assim... falta de assistência e apoio das autoridades e mais impostos e obrigações sociais impostas às empresas e aos cidadãos...

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