em 7% e famílias reavaliam contratações
Branca Machado pretende dispensar a
babá se tiver
de arcar com custos maiores
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Considerando-se apenas o FGTS, caso aprovado o
projeto, o custo de um funcionário que ganha um salário mínimo subirá R$ 72,56
mensais, ou R$ 870,72 anuais, uma alta de 7% sobre as despesas que se têm hoje
com o trabalhador doméstico que ganha um salário mínimo. E ainda tem a multa de
40% sobre o fundo em caso de demissão, o que engrossou a lista de preocupações
das famílias brasileiras.
Pagamento de adicional noturno e hora extra também
são motivos de dor de cabeça para os patrões.
“O ideal é firmar um contrato prévio, simples,
pactuando que a empregada mora na residência, mas não trabalha mais que 44
horas semanais”, aconselha o presidente da Comissão de Direitos Sociais e
Trabalhistas da Ordem dos Advogados do Brasil de Minas Gerais (OAB-MG), João Carlos
Gontijo Amorim. E nada de reduzir a remuneração.
“Quem paga um salário e meio, por exemplo, não pode baixar para um salário só para diminuir a despesa. E o recolhimento do FGTS deve ser sobre o salário da carteira”, adverte Amorim.
“Quem paga um salário e meio, por exemplo, não pode baixar para um salário só para diminuir a despesa. E o recolhimento do FGTS deve ser sobre o salário da carteira”, adverte Amorim.
Deveres
Depois de colocar tudo na ponta do lápis, a
funcionária pública Branca Moura Machado, 38, mãe dos gêmeos Rafael e Manuela,
1 ano e 8 meses, decidiu abrir mão da babá. “Estou assustada com essa nova lei.
As empregadas têm e devem ter seus direitos, mas pouca gente fala de seus
deveres, como pontualidade e cumprimento da carga horária. No final das contas,
será melhor colocar as crianças na escola integral”, diz Branca, que pagará
mensalidade de R$ 1.025. “Mas vou economizar com vale transporte, alimentação e
13º, entre outros encargos”, justifica.
O perigo de uma demissão em massa é real. Segundo o
responsável pela ONG Doméstica Legal, Márcio Avelino, a aprovação da PEC
478/2010 é legítima, mas, para evitar o “genocídio da classe”, deve vir
acompanha de outras leis que reduzem os custos para os patrões, como o Projeto
de Lei 7.082/2010, que pede a redução do INSS do empregador doméstico de 12%
para 4%. Com o slogan “Patrão Doméstico Não é Patrão”, a ONG está recolhendo
assinaturas para pressionar o Congresso a aprovar esse e outros projetos que
desoneram o empregador. Para votar, basta acessar o site Doméstica Legal.
(Portal HD)
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