27 fevereiro 2013

Autoridades cobram tratamento
de usuários de crack
Internação compulsória de dependentes químicos motivou encontro na ALMG nesta quarta-feira (27)

A necessidade de buscar ações efetivas em relação ao tratamento dos dependentes de crack e outras drogas foi destacada em reunião promovida pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais, na manhã desta quarta-feira (27/2/13), destinada a discutir a internação compulsória dos usuários. O encontro, ocorrido no Salão Nobre, contou com a presença do presidente da ALMG, deputado Dinis Pinheiro (PSDB), dos deputados Vanderlei Miranda (PMDB), João Leite (PSDB) e Carlos Mosconi (PSDB), que presidirão, respectivamente, as Comissões de Enfrentamento do Crack, de Segurança Pública e de Saúde, entre outros parlamentares. Além deles, secretários e autoridades municipais e estaduais, além de representantes da sociedade civil e de entidades estiveram presentes.

No início da reunião, Dinis Pinheiro destacou a presença e a participação da sociedade no encontro, mostrando a preocupação com os malefícios das drogas. “Reafirmo nosso firme compromisso de continuar esta guerra contra o uso do crack e das drogas e buscar caminhos concretos para agir”, disse. O parlamentar afirmou que é favorável à internação compulsória, desde que seja feita com cuidado e atendimento, para que o dependente químico seja reintegrado à sociedade.

O subsecretário de Estado de Políticas sobre Drogas, Cloves Benevides, destacou a necessidade de discutir esse tema, antes de levar qualquer ação a termo. Para ele, é preciso alinhar conceitos e construir uma unidade para que as ações sejam efetivas. Benevides lembrou que é preciso uma aproximação com o Poder Judiciário, o Ministério Público e entidades ligadas à saúde para desmitificar o assunto. O secretário municipal de Saúde de Belo Horizonte, Marcelo Teixeira, também defendeu a presença desses órgãos e entidades em uma ação conjunta, já que cada um não consegue resolver o problema sozinho. Disse ainda que cabe ao poder público disponibilizar meios efetivos para que as pessoas possam se internar.

Já o deputado Vanderlei Miranda acredita que a parceria da Comissão de Enfrentamento do Crack  com as de Segurança Pública e de Saúde, com o apoio da Presidência da ALMG, serão fundamentais para tentar trabalhar nas ações de resultado, buscando diminuir o acesso às drogas. O presidente do Conselho Estadual de Políticas sobre Drogas, Aloísio Andrade, também defendeu a necessidade de se promover ações porque, segundo ele, as cracolândias se transformaram em uma obrigação social. “Isto é um suicídio lento, é um transtorno obsessivo compulsivo”, disse. Ele defendeu ainda o financiamento do setor para que melhorias possam ser implementadas.
(almg)

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