24 setembro 2010

Em Último Capítulo

Editorial do Jornal Regional, Edição nº 391

Cidade está feia mesmo!

Quarto e Último Capítulo

O raul-soarense radicado em outra cidade foi-se embora levando consigo a revolta comum de muitos. Ele veio à sua terra natal para passar uns dias, ficou surpreso e desolado, segundo ele, pelo abandono do poder público para com a sua querida cidade de Raul Soares.

Em sua despedida, visivelmente em desolação, ele fez comentários sobre sua revolta. Segundo ele, está faltando comprometimento e falta de respeito dos agentes públicos para com a população. Ele foi contundente ao dizer que eles foram eleitos para representar os raul-soarenses a quem têm obrigação de oferecer benefícios e dignidade; afirmou, também, que está faltando providências enérgicas dos raul-soarenses que devem exigir seus direitos e não ficarem calados assistindo o ‘massacre pacífico’ que vem lhes torturando.

Ele ilustrou sua fala, relembrando que numa cidade de gente decente e própria para se viver, não pode conviver no meio de tanto lixo pelas ruas, odor insuportável e cães soltos fazendo sujeira e atacando as pessoas. Disse, ainda, que somente aqui em Raul Soares é que se vê bicicletas se locomovendo pelas calçadas, passeios quebrados com altos e baixos e degraus que dificultam a locomoção das pessoas. Sem se esquecer da arborização horrível, desapropriada, desuniforme e mal tratada; muitos exemplares cortados e ainda não foram colocados outros no lugar, falta verde.

Relembrou, ainda, que em Raul Soares a barulhada é infernal durante o dia e por toda a noite, ronco de motores, buzina e carros de propaganda volante que incomodam e até impedem às conversações, de assistir a televisão e falar ao telefone, além de tirar o sono de muita gente.

O tráfego é caótico, motoristas despreparados, inabilitados no volante (menores conduzindo autos e motos), ônibus e caminhões estacionados no centro da cidade e muitos veículos em velocidades além do permitido diante de escolas e pontos de fluxo de pessoas.

E quando chega a noite, tanto no centro como nos bairros, a falta de iluminação – que é obrigação da prefeitura – oferece iminente perigo aos transeuntes, mesmo existindo o pagamento da taxa de iluminação pública. As ruas são escuras por demais, as proximidades das escolas (Cerp, Assecras e Unipac, principalmente) haveriam de receber tratamento especial uma vez que são instituições públicas que abrigam educadores e alunos.

Estarrecido, o conterrâneo disse de sua decepção com a cidade de Raul Soares, onde viveu parte de sua vida, num tempo de alegria e respeito para com todos. Atualmente, segundo suas palavras, ele vê que a cidade está feia mesmo, à beira da morte e que o responsável pelo malogro (insucesso) é o prefeito com determinadas ações descabidas e sem razão de ser.

E exemplificou, ‘como tolerância zero’, o estado desértico da cidade após a retirada das mesas e cadeiras de bares e lanchonetes. E desabafa que essa ditatorial retirada, unicamente de responsabilidade do prefeito, tirou a oportunidade de socialização das pessoas e enfraqueceu a economia local, sendo por isso veementemente criticada e desaprovada pela sociedade.

Espera-se que num dia, nós e esse conterrâneo, possamos conviver com alegria e orgulho de dizer que somos de Raul Soares “A Princesa dos Boachás”, a cidade que outrora foi chamada pelo saudoso raul-soarense Luis Santos, jornalista em Caratinga, como “A Cidade das Árvores Floridas”.

Um comentário:

Anônimo disse...

FUNCIONÁRIO PUBLICO MUNICIPAL.
É a verdade nua e pura para quem quiser ver. O triste é pensar que ainda teremos que aguentar essa situação por mais de dois anos, e ainda rezar para que o proximo prefeito seja abençoado por DEUS e de ao povo rausoarense o respeito que merecemos!!!!!