11 março 2011

Direitos do Brasileirão
podem chegar a R$ 1 bilhão

SÃO PAULO - O Clube dos 13 divulgou nota dizendo que foram entregues as cartas-convites para as cinco primeiras mídias habilitadas a transmitir o Campeonato Brasileiro no triênio 2012-2014 (TV aberta, TV fechada, pay-per view, internet e celular) e o valor dos lances mínimos chegou a R$ 912 milhões.

Segundo o C13, com a formalização das regras para publicidade estática, direitos internacionais e novas mídias, o valor mínimo ultrapassará R$ 1 bilhão, quase o dobro do que os clubes vão faturar com a venda dos direitos para o Brasileiro de 2011.
"Estamos muito satisfeitos com o interesse das empresas no produto futebol e temos certeza de que os clubes e os torcedores serão os grandes vencedores deste processo de licitação", afirmou o presidente da entidade, Fabio Koff, na nota da entidade.

O novo modelo de venda dos direitos foi motivado por acordo com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), firmado no ano passado. No total, mais de 20 empresas foram convidadas a participar do processo.

O resultado da primeira licitação será anunciado na sexta-feira (11), às 10 horas, no escritório do Clube dos 13, em São Paulo, onde será conhecido o vencedor para TV aberta. Os envelopes de TV fechada e pay-per-view serão abertos no dia 23 de março. Os de internet e celular, no dia seguinte, também na sede do Clube dos 13.

Por conta deste novo modelo, clubes como Flamengo, Vasco, Fluminense, Botafogo, Corinthians, Santos, Palmeiras, Cruzeiro, Grêmio e Coritiba decidiram negociar seus direitos direto com as emissoras, sem o intermédio do C13.

Entretanto, Fabio Koff acredita que, com o número alcançado, eles repensaram sua atual posição. "Tenho convicção que os resultados comerciais obtidos com a livre concorrência serão suficientes para que saiamos deste processo mais unidos, bem-estruturados financeiramente e fortalecidos como associação", analisou o esperançoso dirigente.

Os direitos de transmissão do Brasileirão são alvo de uma disputa entre a Rede Record, que defende a quebra do atual monopólio, e da Rede Globo, que há 13 anos detém exclusividade para televisionar as partidas. "O modelo anterior impôs aos clubes o endividamento e a perda sucessiva de seus maiores talentos para outros países. Alguns clubes brasileiros passam meses sem parceiros patrocinadores porque camisas, luvas, bonés e até placas publicitárias são evitadas ou encobertas nas transmissões esportivas", ponderou a Record, em nota,
na semana passada.
(FONTE: Hoje em Dia)

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