No momento em que os administradores ensaiavam
reforçar o coro contra a presidente nas cidades, governo anuncia reajuste no
percentual do FPM. Serão R$ 3,8 bilhões a mais por ano
Em maio, prefeitos pediram reajuste do Fundo
de
Participação dos Municípios, durante marcha
a Brasília, mas Dilma evitou
discutir o tema
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O índice anunciado anima, mas não contempla
integralmente o desejo dos prefeitos. O presidente da Confederação Nacional dos
Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, ressalta que o pleito é por um aumento de
dois pontos percentuais. Ele lembra que tramitam no Congresso duas PECs sobre o
tema. A da Câmara, já em fase de conclusão, concorda com a mudança do repasse
de 23,5% da arrecadação total dos impostos de Renda (IR) e sobre Produtos
Industrializados (IPI) para 25,5%. “Agora, temos que trabalhar com os
parlamentares para ver como vai ficar. Vamos continuar a discutir, mas já é um
avanço”, explicou.
O Executivo, porém, afirma que esse posicionamento é resultado de um esforço fiscal e promete articular para que a proposta anunciada ontem seja aprovada. “O governo fará um esforço no Parlamento para atingir o consenso em torno da proposta de elevação do FPM em um ponto percentual”, afirma a Secretaria de Relações Institucionais, em nota. A proposta prevê o reajuste em duas parcelas, de meio ponto percentual cada uma. A primeira será aplicada em 2015 e a segunda, no ano seguinte. Ao todo, o aumento estimado é de R$ 3,8 bilhões no repasse anual. No ano passado, o FPM foi de R$ 72,2 bilhões.
Críticas
Apesar de considerar a medida justa, o líder do PSDB na Câmara, Antônio Imbassahy (BA), acredita que a proposta visa a apaziguar o ânimo dos prefeitos antes da disputa eleitoral. “O reajuste tem um foco claro nas eleições. A presidente passou anos submetendo as prefeituras a situações de constrangimento e agora toma essa atitude desesperada. Se ela (Dilma) imagina que isso vai significar mudança de comportamento dos administradores municipais, está enganada”, critica. Em maio, Dilma evitou travar diretamente discussões sobre o tema com prefeitos que participaram de marcha a Brasília.
O Executivo, porém, afirma que esse posicionamento é resultado de um esforço fiscal e promete articular para que a proposta anunciada ontem seja aprovada. “O governo fará um esforço no Parlamento para atingir o consenso em torno da proposta de elevação do FPM em um ponto percentual”, afirma a Secretaria de Relações Institucionais, em nota. A proposta prevê o reajuste em duas parcelas, de meio ponto percentual cada uma. A primeira será aplicada em 2015 e a segunda, no ano seguinte. Ao todo, o aumento estimado é de R$ 3,8 bilhões no repasse anual. No ano passado, o FPM foi de R$ 72,2 bilhões.
Críticas
Apesar de considerar a medida justa, o líder do PSDB na Câmara, Antônio Imbassahy (BA), acredita que a proposta visa a apaziguar o ânimo dos prefeitos antes da disputa eleitoral. “O reajuste tem um foco claro nas eleições. A presidente passou anos submetendo as prefeituras a situações de constrangimento e agora toma essa atitude desesperada. Se ela (Dilma) imagina que isso vai significar mudança de comportamento dos administradores municipais, está enganada”, critica. Em maio, Dilma evitou travar diretamente discussões sobre o tema com prefeitos que participaram de marcha a Brasília.
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