Engatinhar torna bebê
cuidadoso com altura
A cada fase a criança reavalia as próprias limitações
e seu cérebro se reorganiza em busca de segurança
Alguns animais, como as cabras, já nascem sabendo quais são os locais seguros para escalar. Já os humanos precisam praticar os primeiros passos, aventurando-se por aí. Adquirir habilidade de movimentar-se com precisão requer que a criança atinja maturação neurológica e treine os movimentos.
Um estudo recente realizado pela professora de psicologia Karen Adolph, da Universidade de Nova York, mostrou que a cada nova fase do desenvolvimento motor os bebês têm de reaprender a se manter seguros. Para testar como os pequenos avaliam os riscos, a pesquisadora colocou crianças de 12 a 18 meses entre rampas de madeira com diferentes alturas. As mães estavam presentes durante a experiência, incentivando os filhos a se locomover. Em geral, os que vinham engatinhando havia meses e os que já andavam não subiram em obstáculos muito altos. Mas vários bebês que estavam aprendendo a caminhar marcharam resolutos sobre os objetos – correndo o risco de quedas de até 90 cm.
“Acreditamos que isso signifique que os que engatinham aprendem a ter medo de altura.
Eles sabem o que seus corpos nessas condições podem fazer. Quando o estilo de locomoção muda, precisam praticar para ‘recalibrar’ a percepção de sua capacidade”, observa Karen. Quando adultas, as pessoas se ajustam a limitações motoras em diversas situações como ao transferir o peso do corpo para aliviar um pé dolorido ou tomar mais cuidado quando há gelo no chão, por exemplo.
De acordo com o estudo, essas adaptações são desenvolvidas na infância, quando experimentamos os limites físicos e a possibilidade de cometer erros.
(FONTE: Uol)
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