Os ex-empregados da Industrial São Sebastião, após muita luta e dedicação para fazer a empresa voltar à ativa, já vêem uma luz no final do túnel que já esteve ofuscada e pouco reluzente.
Após dolorosos pedidos de socorro e esperançosos encontros de negociação de dívidas e obrigações pendentes, pedidos daqui e de lá, apoio de progressistas e da sociedade de bem, reconhecimento do judiciário e um assessoramento confiável e de qualidade, aquela luz embaçada e distante do sonho de muitos começou a brilhar.
O claro brilho quase forte já ilumina, aquece e assegura passos firmes para a empresa voltar a funcionar... falta pouco.
Falta pouco para acontecer o resgate social tão esperado pelos metalúrgicos de nossa cidade; falta pouco para que a mão-de-obra a ser empregada na ‘Tarza’ volte a contribuir para o desenvolvimento do município; falta pouco para que Raul Soares orgulhosamente volte a se ostentar como o grande e respeitado fabricante e exportador de ferramentas e congêneres.
Falta pouco, inda mais, para que os ‘abutres’ de plantão, incrédulos e covardes, entendam a razão do comprometimento com o social e com as iniciativas públicas, além do espírito humano e de verdadeiro cristão.
Por isso, essa empresa deve voltar.
Deve voltar sim, porque os ex-empregados criaram a Coopertrim, uma cooperativa que trabalha incessantemente para recuperar a empresa, utilizando-se de instrumentos legais junto aos credores e órgãos governamentais e, o mais importante, diante da Justiça.
Esse pessoal é sério e mostra seriedade, competência e qualidade para administrar a sexagenária empresa. Inúmeros trabalhadores ‘contam nos dedos’, os dias que faltam para reinício do processo de fabricação de média de 25 itens de ferramentas agrícolas e da construção civil de marca ‘Tarza’.
Eles são unidos, fizeram união em torno da necessidade e de um sonho que, após concretizado, trará inúmeros benefícios aos raul-soarenses.
Caso alguém - ilustre ou não, representante de si ou de algum grupo - queira fazer parte dessa salutar união é só manifestar que será bem recebido...
Os débitos fiscais estão sendo liquidados. O plano de recuperação foi homologado pela Justiça que repassou àquela cooperativa os direitos de administração em processo de falência.
E, finalmente, as negociações com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico/BNDES para a liberação de recursos na ordem de 6 milhões de reais estão adiantadas e próximas da esperada efetivação.
Esperamos que a conclusão do processo de recuperação em andamento seja positiva, retornando as atividades até então paralisadas e que o empenho dos agentes engajados no restabelecimento daquela famigerada indústria venha a ser mais reconhecido de modo geral e que a Nossa Tarza volte a ocupar o seu espaço...
E que o apito de sua sirene seja ouvido por todos, inclusive pelos ‘abutres’...
31 março 2010
Crônica
A Tarza está de volta
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