10 março 2010

Belo Horizonte tem, em média,

Quinze carros roubados por dia

A Região Noroeste - onde estão os bairros Caiçara,
Padre Eustáquio
e Cachoeirinha - continuam os campeões de crimes do tipo


Cerca de 90% dos veículos roubados
são desmontados e suas peças vendidas

Em média, 15,2 carros foram roubados por dia em Belo Horizonte ao longo de 2009. Em todo o ano passado foram registrados na capital 5581 ocorrências de furto ou roubo de veículos, número 8,54% menor que em 2008, quando foram registradas 6.089 ocorrências do tipo. A média em 2008 era de 16,6 carros por dia. Ainda no ano passado a polícia recuperou 3.036 veículos, ou seja, quase 8 por dia. O balanço foi apresentado na tarde desta terça-feira (9), no Detran da Avenida João Pinheiro, no Centro, pelo delegado titular da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos, Ramon Sandoli.

Segundo o delegado, a redução é fruto do monitoramento e da parceria nas ações entre as polícias Civil e Miliatar. Ainda segundo ele, a Região Noroeste - onde estão os bairros Caiçara, Padre Eustáquio e Cachoeirinha - continuam os campeões de crimes do tipo. “É uma região cercada por grandes vias de acesso, como o Anel Rodoviário, com casas antigas e sem garagem. A maioria absoluta dos furtos acontece na rua”, disse o delegado.

Ainda de acordo com Ramon Santiago, cerca de 90% dos veículos roubados na capital são desmontados, e suas peças vendidas. “É uma atividade difícil de ser rastreada, exatamente pela quantidade de veículos em circulação nas grandes cidades, e pela rapidez em que os carros são desmontados”, afirmou.

Para tentar reverter a sistuação, a polícia realizou, no ano passado, seis leilões de veículos que estavam apreendidos e recolhidos nos pátios da capital. Nos leilões foram arrematados 4.114 veículos, a maior parte deles imprestável para rodar, mas com peças em condições de uso.

De acordo com o delegado, além de economizar aos cofres públicos cerca de R$ 30 milhões, que seriam usados no pagamento das diárias nos pátios, os leilões também servem para abastecer o mercado de peças, dificultando a ação de quadrilhas de desmanche. “O empresário do setor de peças usadas não se importa em pagar um pouco mais caro para ter em suas mãos uma peça com certificado de procedência".

De acordo com o balanço apresentado, 26% das ocorrências foram de roubo - quando o bandido agride a vítima - e 74% dos casos foram furtos - quando o carro é levado sem que o dono perceba, ou seja, sem violência. A maioria dos roubos acontece entre terça e quinta-feira.
(FONTE: Hoje em Dia)

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