28 agosto 2011

‘Queijão’ Minas é o maior do país

Produto de 1.305 quilos e 59 centímetros de altura,
feito com 12,5 mil litros de leite, entra para o RankBrasil

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IPANEMA – Esta cidade do Vale do Rio Doce entrou para o RankBrasil, o livro dos recordes brasileiros com a produção de um Queijo Minas Padrão gigante. A peça, com 1.305 quilos e medindo 59 centímetros de altura e 175 de diâmetro, consumiu 12,5 mil litros de leite. Para ficar pronta, exigiu o empenho de dez profissionais e 11 dias de maturação. Na tarde de sábado (27), logo após ser pesado, auditado e desfilar pelas ruas de Ipanema em um caminhão aberto, “o queijão de Ipanema” foi distribuído para os moradores da cidade.

Segundo o auditor da RankBrasil, Luciano Cadari, o queijo Minas Padrão de Ipanema é o maior já fabricado no Brasil. No entanto, como apenas Minas Gerais pode produzir um queijo Minas, o “queijão” também é, seguramente, o maior queijo Minas Padrão do mundo. “Existem queijos maiores lá fora (no exterior), mas em termos genéricos. Queijo Minas só é feito em Minas Gerais e, por isso, esse é o maior do mundo”, reforçou o auditor. Curvelândia, no Mato Grosso, detinha, até ontem, o título de fabricante do maior queijo Frescal do Brasil, com peça de 990 quilos.

O leite utilizado na fabricação do produto gigante foi doado pela Cooperativa Agropecuária de Ipanema Ltda (Capil), onde também foi fabricado. Segundo o gerente de produção da empresa, Ricardo Santana Paes, um queijo em tamanho normal pesa, em média, um quilo, e consome cerca de 8,6 litros de leite por quilo.

A maturação do produto também é mais lenta, durando 21 dias. “O maior desafio na produção desse queijo gigante foi, além da manipulação e transporte da massa, o tamanho dessa forma”, revela. Paes acredita que o “queijão” tenha rendido mais de 8 mil fatias. O cálculo é feito com base no festival que aconteceu no ano passado, que distribuiu as fatias de um queijo de 800 quilos para 3.500 pessoas.

“Esse ano, o público é 40% maior e nossa esperança é que renda uma fatia para todo mundo”, explicou. O queijo foi distribuído no encerramento da 2ª Festa do Queijo e Simpósio do Leite de Ipanema, na noite de ontem. O desafio era produzir um queijo Minas padrão de 1.200 quilos, utilizando em média, 10.300 litros de leite.

Segundo o prefeito de Ipanema, Júlio Fontoura de Moraes Júnior (PR), o queijo gigante foi produzido para chamar a atenção do Brasil e do Mundo para a cidade, que tem cerca de 18 mil habitantes e é considerada uma das maiores bacias leiteiras do Estado, com cerca de 1.200 produtores.

A produção diária varia de 180 mil a 200 mil litros de leite. “Nossa intenção é agregar valor ao nosso produto e mostrar Ipanema, uma tradicional cidade mineira, para o mundo. Esse recorde é importantíssimo”, reforçou o prefeito.

O queijo foi distribuído na Praça Coronel Calhau, bem no Centro da cidade. Apesar da previsão de distribuição às 18 horas, duas horas antes o local já estava lotado. “Vale a pena esperar. Esse queijo é gostoso demais”, contou José Marcelino de Oliveira Filho, de 61 anos. No ano passado ele conseguiu levar quase um quilo para casa e tentaria fazer o mesmo ontem.

O comerciante Lucimar Ribeiro Ferreira, de 39 anos, estava curioso. “Será que tem o mesmo gosto do queijo pequeno?”, questionava.

“O importante mesmo é a festa, é mostrar que somos uma cidade produtiva e que bate recordes”, disse a estudante Camila Dutra, de 19 anos.
(Hoje em dia)

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