Médico mostra técnica
aprimorada
de tratamento do vitiligo
O aprimoramento da técnica foi apresentado por Parsad durante o 14º Congresso Brasileiro de Cirurgia Dermatológica, promovido nesta semana pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD), que reuniu cerca de 2.500 médicos do Brasil e convidados estrangeiros. O encontro terminou neste sábado (23). O objetivo é divulgar os avanços de técnicas de tratamento e tornar os profissionais mais atualizados para cuidar dos pacientes, sobretudos aqueles que não respondem às técnicas clássicas.
“No procedimento
tradicional, além do uso de pomadas e remédios, são retiradas partes da pele de
área saudável do corpo e transplantadas para a área atingida pela doença.
Entretanto, a técnica é agressiva, pode deixar cicatrizes e não garante bons
resultados. Com o aprimoramento do transplante dos melanócitos, a área atingida
fica com uma coloração mais uniforme e harmônica, depois de quatro a seis
semanas. Sem contar que o procedimento é muito menos agressivo do que o
tradicional”, esclareceu.
O vitiligo é uma doença autoimune
causada pela formação de anticorpos que matam os melanócitos (células que dão
pigmentação à pele), gerando manchas brancas. O dermatologista indiano
aperfeiçoou o método de extração de melanócitos de áreas saudáveis do corpo
para serem transplantadas em áreas atingidas pela doença. Durante o
procedimento, é retirado um pequeno e fino fragmento de pele de uma área
saudável do corpo do paciente. Depois disso, são extraídas as células de
pigmentação desse fragmento. A área atingida pelo vitiligo é raspada e os
melanócitos são colocados sob a pele afetada.
“O vitiligo é uma doença
genética, que pode ser precitada por fatores ambientais como o estresse.
Geralmente, aqueles que sofrem com a doença tendem a ser mais ansiosos, o que
pode agravar o quadro. É uma enfermidade que compromete a qualidade de vida da
pessoa, porque causa certo desequilíbrio psicológico. O paciente passa a se
limitar, a restringir a própria vida, evitando ir a certos lugares onde será
mais exposto. Em alguns casos, para de trabalhar e deixa até de sair de casa”,
contou.
No campo estético, uma
técnica divulgada no congresso foi o transplante capilar e de sobrancelhas. O
procedimento retira folículos capilares de uma área normal, geralmente um
pequeno pedaço do couro cabeludo da área abaixo da nuca, e transplanta para a
região sem cabelo.
Segundo o especialista em
transplante capilar (tratamento clínico e cirúrgico das alopécias) Francisco Le
Voci, esse procedimento é indicado para pacientes calvos, que sofreram
queimaduras, doenças ou acidentes que impedem que o cabelo volte a crescer na
área afetada. “A técnica de transplante de sobrancelha ajuda as pessoas que se
sentem incomodadas por terem perdido a expressividade a voltar a ter expressões
faciais, uma das funções dos pelos dessa região”, explicou.
Uma variante dessa técnica é
a extração de unidade folicular, em que a equipe médica extrai as raízes, uma a
uma, com um aparelho, para serem implantadas no paciente. Entretanto, a técnica
não pode ser utilizada em todos os casos. “É mais demorada e oferece quantidade
menor de pelos, então ela só pode ser usada em algumas situações, e para o
transplante”, acrescentou Le Voci.
(Agência Brasil)
Nenhum comentário:
Postar um comentário