27 março 2012

Professora e monitora que obrigaram
alunos a tirarem roupa podem pegar até
dois anos de prisão

O caso aconteceu depois de um suposto sumiço de R$ 30 da bolsa de uma delas durante o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti) na cidade de São Gonçalo do Sapucaí, na Região Sul de Minas

Podem pegar até dois anos de prisão, caso sejam condenadas, uma professora e uma monitora que obrigaram nove crianças a tirar as roupas depois do desaparecimento de cerca de R$ 30 durante uma aula do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti), em São Gonçalo do Sapucaí, no Sul de Minas Gerais. Elas devem ser ouvidas ainda nesta semana pelo delegado que acompanha o inquérito.


O caso aconteceu na terça-feira da semana passada. Segundo denúncias das crianças, a monitora, Priscila Correia Alves, saiu do local onde eram feitas oficinas com os alunos, que tinham cerca de 10 anos de idade. Quando voltou, encontrou a bolsa aberta. A mulher obrigou todos a tirar as roupas para verificar se havia dinheiro com eles. “Ela baixou a calça das crianças para encontrar o suposto dinheiro roubado. A professora também vai ser ouvida, pois estava dentro da sala com a monitora”, afirma o delegado responsável pelo caso, Wellington Clair de Castro. A diretora da escola, Maria Olimpia, também será chamada a depor para se saber quando foi informada sobre o caso e que atitudes tomou.

O delegado informou que a professora Rita Macedo e a monitora podem responder por constrangimento ao menor, previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), cuja a pena é de 6 meses a 2 anos de reclusão, e por constrangimento ilegal do código penal, com pena de 3 meses a 1 ano de prisão. “Nesta última lei, o constrangimento tem de ser praticado com violência e/ou grave ameaça. Pelo que apurei até agora, houve ameaça”, disse o delegado.

A polícia já ouviu quatro mães de alunos. Durante a semana está previsto o depoimento de outros familiares dos estudantes. A diretora, a professora e a monitora também deverão ser ouvidas pelo delegado.

A Secretaria de Educação da cidade informou que a monitora foi afastada das atividades.
(Estaminas)

Nenhum comentário: