Época do ano é propícia para a chegada de doenças alérgicas

Basta as temperaturas começarem a cair, com a chegada do outono, que, imediatamente, cresce o número de pacientes nas unidades de saúde. A combinação de dias mais frios e secos é propícia para o desenvolvimento de doenças alérgicas e respiratórias, exigindo cuidados especiais nesta época do ano.

Gripe, resfriado, rinite, faringite, amidalite, asma e pneumonia são os problemas mais comuns, enumera o médico Cláudio Oliveira Ianni, presidente da Associação Brasileira de Alergia e Imunoterapia (Asbai - MG).

“O ácaro, a poeira e o mofo são os principais desencadeadores de uma reação alérgica. E as pessoas têm contato com tudo isso quando voltam a usar casacos pesados e cobertores de lã que, por muito tempo, estiveram guardados no fundo do armário”, afirma o médico.

A exposição ao frio também aumenta o risco de contrair problema respiratório, uma vez que as mucosas ressecadas facilitam a entrada de vírus e bactérias. Além disso, a circulação de micro-organismos é maior quando os ambientes ficam fechados.

Embora toda a população esteja sujeita ao mal- estar, são os idosos e as crianças que mais sofrem as consequências desse período. Os mais velhos, pela saúde frágil; os pequenos porque ainda não têm o sistema imunológico completamente desenvolvido.

É o caso de Lucas Lins, de 7 anos, já acostumado a tomar desloratadina, hixizine ou decongex para controlar a alergia comum no outono e no inverno. Preocupada com a saúde do filho, a psicóloga Quézia Gripp até abriu mão de cortinas e tapetes em casa para evitar as crises alérgicas do primogênito.

Diferenciação
Mesmo que o problema aparente ser simples, é bom consultar um médico. Referência técnica na atenção da saúde da criança e adolescente da Secretaria Municipal de Saúde, Corina Toscano Fad alerta para os sintomas de crises alérgicas e doenças respiratórias, semelhantes, diz ela, mas que exigem tratamento diferenciado.

“Secreção, nariz entupido, acometimento dos olhos e espirro são sinais que aparecem tanto em uma rinite alérgica quanto em uma gripe. Mas o primeiro caso é tratado com medicamentos e o segundo com repouso, hidratação e um antitérmico”, exemplifica.

Os transtornos podem ser evitados com simples cuidados. Como uma faxina especial na chegada do frio para retirar os objetos que podem contribuir para uma alergia – pelúcias, cobertores pesados – e limpeza das peças que estavam escondidas no armário. Para escapar de gripes e resfriados, o ideal é evitar fechar toda a casa, garantindo a circulação do ar, além de reforçar a alimentação para aumentar a resistência do corpo.

A Secretaria Municipal de Saúde espera que, nas próximas semanas, o movimento nos centros de saúde e unidades de pronto atendimento da cidade aumente em até 30% em decorrência desses problemas.