O laboratório Tafuri de Patologia Ltda foi
condenado a pagar R$ 20 mil a uma paciente que recebeu um diagnóstico errado de
um tumor maligno na pálpebra. A decisão é do juiz Renato Luiz Faraco, da 20ª
Vara Cível de Belo Horizonte. Conforme o processo, após receber o laudo do
laboratório, a paciente refez o exame duas vezes e confirmou o equívoco. O
advogado do Tafuri informou que está analisando caso, mas que irá recorrer da
sentença.
Uma mulher relatou, no processo, que em dezembro de
2010 retirou um cisto de uma das pálpebras e encaminhou o material ao
laboratório Tafuri para análise e recebeu o diagnóstico de “carcinoma
basocelular adenoide cístico”, um tumor cancerígeno. A
paciente alega que ela e sua família passaram por vários transtornos por causa
da notícia. O exame foi refeito em outros dois laboratórios e o resultado foi
de tricofoliculoma, não considerada grave.
A paciente então entrou com ação contra o
laboratório pedindo reparação por danos morais. Em sua defesa, o laboratório
negou que tivesse emitido diagnóstico de câncer e afirmou que o termo
“carcinoma basocelular adenoide cístico” é compatível com o quadro de
tricofoliculoma, constatado posteriormente.
Ao analisar o caso, o juiz Renato Luiz Faraco,
porém, considerou que a afirmação sobre a existência de um tumor maligno é
muito séria. Por isso, o magistrado condenou o laboratório Tafuri a pagar a
indenização, afirmando que houve falha no serviço prestado.
Por ser de primeira instância, a decisão está
sujeita a recurso.
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