Oposição questiona
atraso no Luz para Todos
Cemig tem instalado a média de 2.300 ligações por
mês contra as 8.500 necessárias para cumprimento da meta
Atraso na execução do cronograma do Programa Luz para Todos é questionado em audiência pública nesta terça-feira (25), na Comissão de Assuntos Municipais e Regionalização da Assembleia Legislativa. A Cemig, uma das quatro empresas responsáveis pela execução do Programa Luz para Todos, está realizando uma média de 2.300 ligações de energia elétrica em propriedades rurais por mês, bem abaixo do necessário, que seriam 8.500 ligações mensais, para que possa cumprir o cronograma de 79 mil ligações até o final do ano. Até abril, foram feitas 9.462 ligações.
O líder do Bloco de Oposição formado pelo PT, PMDB e PCdoB, deputado estadual Pe. João, considerou "inadmissível" que uma empresa como a Cemig tenha uma baixa execução como a demonstrada este ano.
Na reunião, foi aprovado requerimento convocando nova audiência para a primeira quinzena de agosto, para que possa ser verificado se a empresa fez uma revisão no plano de execução. "Nós estamos dando este tempo para que a Cemig reveja este plano de execução. Nós não vamos esperar chegar em dezembro para fazer a avaliação. Ela será trimestral para que as medidas necessárias sejam tomadas", afirmou Pe. João.
O superintendente do Luz para Todos em Minas, Ricardo José Charbel, e o coordenador de Energia Rural da Cemig, Higino Zacarias, justificaram que o período de chuvas do início do ano atrapalhou os trabalhos, mas garantiram que a empresa vai tomar providências para melhorar a produtividade este ano. Até dezembro, a empresa tem como meta fazer 79 mil ligações de energia elétrica em propriedades rurais.
O coordenador regional Sudeste do programa, Sinval Ladeira, afirmou que a Cemig ultrapassou em 208% a meta estabelecida inicialmente, em 2004, mas também alertou para o risco de a empresa não conseguir honrar o contrato firmado com a Eletrobrás.
A empresa também foi questionada sobre os critérios adotados para fazer as ligações. Celso Afonso de Morais, da Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar do Estado de Minas Gerais (Fetraf), reclamou do fato de a Cemig fazer ligações em algumas residências e deixar outras sem.
Já a coordenadora nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em Minas, Marili Zacarias, disse que a empresa privilegia os grandes consumidores em detrimento dos pequenos agricultores.
O gestor do Luz para Todos em Minas, Geraldo Magela de Aranda Lage, explicou que vários domicílios não foram atendidos por estarem abandonados, demolidos ou mesmo em construção. Ele, no entanto, disse que a empresa vai verificar as reclamações.
(FONTE: Hoje em Dia)
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