31 maio 2010

Voto aberto ou voto caixa-preta...

Quem promove mudança fica na história


Mesmo taxado de possuir memória curta os brasileiros sempre se lembram de nomes de pessoas ilustres e suas marcas que fazem história. Existem marcas positivas provenientes de ações dentro da profissão, nos esportes, saúde, administração política e da prática de solidariedade, entre outros, que ganham aplausos de toda a sociedade.

Marcas negativas também ficam na lembrança e muitas vezes são lembradas. Contudo, é desagradável ouvir alguém dizer que alguém foi perseguidor e mau, desumano e cruel; que não foi bom chefe de família, que não exerceu o mandato de vereador com dignidade e até que foi o pior prefeito visto nos últimos anos... essas estigmas costumam marcar a família, acabam respingando nos familiares e nos amigos mais chegados.

Mas, bom mesmo é ouvir palavras de carinho que enaltecem o cidadão. Lembremos, por exemplo, fatos que deixaram marcas positivas que eternizam seus autores, curiosamente fatos que caracterizaram inovação, modificação e mudança.

Lembremos do ex-presidente da República Getúlio Vargas que criou a lei da sindicalização, consolidou a CLT e reduziu a jornada de trabalho para oito horas e tem seu nome gravado na memória dos brasileiros.

Outro presidente da República que ficou na história foi Juscelino Kubitschek que realizou 50 anos de progresso em apenas cinco de governo e mudou a Capital de nossa República para Brasília, entre outros feitos.

Após 84% de aceitação dos brasileiros a emenda Dante de Oliveira, objetivando a reinstauração das eleições diretas para presidente da República, foi à assembleia constituinte sendo, finalmente, promulgada a Constituição do Brasil pelo presidente do Congresso Nacional, o deputado Ulysses Guimarães.

O atual presidente Lula da Silva, com seus inúmeros feitos em favor dos brasileiros, promoveu a reforma da previdência social e a reforma do judiciário, implantou o programa Fome Zero, etc.

Em ato de bravura e visão de futuro o ex-prefeito Wiron Francisco enfrentou opositores e conservadores aqui em Raul Soares para dar nova identidade ao município, um de seus primeiros atos foi a retirada de barracas do Centro da cidade.

A sociedade raul-soarense nunca vai se esquecer do ex-prefeito José Macário que foi o administrador que deu prioridade ao setor de Educação e foi o que mais valorizou os servidores públicos recompensando-os com tratamento e salário dignos.

O ex-prefeito Sotero Silveira durantes três mandatos manteve equilíbrio entre afortunados e pobres servindo-os de forma igualitária.

Em Caputira, o ex-prefeito Jairinho desviou o curso do rio Matipó do Centro da cidade erradicando assim o grave problema de enchentes que assolava os caputirenses.

Joaquim Fragoso é o vereador de maior número de mandatos consecutivos no Brasil, eleito por doze vezes desde 1963, um fato que eleva seu nome e engrandece o nome da cidade de Raul Soares.

O presidente da Câmara Municipal, Eimard Ribeiro, está no trampolim, preparando salto para (também) ficar na história. É que nos próximos dias, sob o seu comando, os vereadores vão aprovar ou não a proposta do vereador Célio Nesce de acabar com a prática da votação por escrutínio secreto da Mesa Diretora que, se aprovada, virá abrir brecha para acabar definitivamente com a votação secreta nas demais decisões legislativas.

Tem um grupo que defende o continuísmo de votação secreta como direito de liberdade, opção e escolha do parlamentar que não quer que seu nome seja exposto. Outro grupo entende que voto aberto ou revelado demonstra transparência que é um dos principais ingredientes do exercício democrático.

Esses grupos e a comunidade raul-soarense estão na expectativa e ansiedade à espera da decisão da Câmara. Enquanto o presidente se preparando para alçar seu nome na história de Raul Soares.

Um comentário:

Anônimo disse...

Os vereadores de Raul Soares se aprovarem a medida do voto aberto, darão um exemplo de pratica democratica e respeito ao cidadão.
Nos tempos de regime republicano, não há que se falar em liberdade para votar, se escudando em voto secreto, pois todos sabemos que uma das chagas do poder político é a ausência de transparência dos atos públicos.
E o argumento de que o vereador precisa de liberdade para exercer seu mandato, não pode ser confundida com o dever do parlamentar legislador em prestar contas do seu trabalho, porque o este é um mandatário do povo, e não pode apropriar-se de um instrumento que o livra do controle da sociedade.
O poder pertence ao povo e em seu nome será exercido, por isto uma medida desta relevância e magnitude protege o interesse público, porque o povo saberá pelo voto do vereador qual interesse este está defendendo, se do cidadão ou de seu grupo de poder.
A hora dos vereadores demonstrarem seu compromisso com os valores da democracia será julgado pelos cidadãos raulsoarenses na aprovação do voto aberto para tratar dos interesses legítimos e verdadeiros do povo.