Opinião Jornal Regional nº 16

Cidade morta...
na escuridão que traduz coisas

A voz geral diz que a cidade de Raul Soares está morta, moradores tristes com a sensação de aparente descaso acometido pela administração pública que, de um tempo para cá, vem demonstrando desinteresse ou desestímulo para oferecer melhores dias à população raul-soarense. No popular pode-se dizer que o gestor público não está nem aí...

A comunidade não conta com frentes de trabalho capazes de manutenção digna, além de receber pouca informação do que realmente se passa no meio administrativo público, por isso está sempre queixosa e magoada.
Os cidadãos estão assistindo a tudo e esperando o porvir de esperança meio a escuridão contida por sobre a aglomeração urbana, uns na pura demonstração de melancolia como a de um gavião de queimada à procura do que comer.
Escuridão significa ausência de luz. As vias públicas da cidade têm pouca luminosidade e muito perigo à integridade das pessoas em trânsito. E a prefeitura é a única responsável pela iluminação pública tendo a obrigação de tirar a cidade da escuridão.

Na última reunião de vereadores, em 28 de abril, representantes da Cemig estiveram presentes e categoricamente informaram que essa questão melhorar a iluminação da cidade e distritos é de responsabilidade da prefeitura de Raul Soares. Informaram, também, que aquela empresa dispõe de projetos modernos para melhorar a iluminação de centros urbanos, de custo acessível e com longo prazo de pagamento, bastando apenas o interesse do prefeito. Por isso é que se diz que a escuridão de Raul Soares traduz coisas.

A escuridão daqui traduz negrume, traduz semblante carregado de pessoas à procura de dignidade em saúde, de pessoas em busca de emprego e renda, lazer e cultura, de pessoas sem acesso à moradia e sem segurança meio ao sucesso de uma meia dúzia de apadrinhados que vivem de benesses custeadas pelo dinheiro público.

Essa mesma escuridão traduz ausência de clareza e perceptibilidade do gestor municipal que dá a entender que não ‘quer enxergar’ a necessidade de todos que nele confiaram, de muitos que já foram abandonados e de outros esperançosos que se listam entre os próximos ao fatídico abandono.

Esse jovem gestor está demonstrando ter-se esquecido do compromisso público de trabalhar para o desenvolvimento da pequena urbe que nos dias atuais não pode mais ostentar o título de “Princesa dos Boachás” e de trabalhar para a melhoria de qualidade de vida de seus moradores, pelo menos não demonstra esse desejo.

Arregace as mangas, mostre o dever cívico e mude o quadro caótico em que vive a cidade de Raul Soares.