preço do combustível em 2013
Ministro diz que não sabe ainda qual será o
reajuste e afirmou que há ainda uma pequena chance de queda do preço do
petróleo
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou na manhã desta quarta-feira, que haverá aumento do preço dos combustíveis em 2013 e que não há nada de excepcional nisso, já que todo ano há reajuste. O ministro destacou, no entanto, que é possível esperar que o preço do petróleo venha a cair no mercado internacional. "É uma possibilidade", disse Mantega, durante café da manhã com a imprensa.
Mesmo pressionado, ele evitou comentar se haverá aumento de combustível ainda neste ano e se essa decisão foi tomada na reunião de ontem do Conselho de Administração da Petrobras. "Não sei. No momento oportuno, a Petrobras vai anunciar. Haverá aumento no momento adequado. Eu não sei dizer quando é", disse ele, novamente, mais adiante. Mantega ponderou que, mesmo se soubesse, não diria porque a informação mexe com o mercado financeiro.
O aumento no preço da gasolina beneficiaria a Petrobras, que precisa cumprir seu plano de investimento de US$ 236 bilhões no período de cinco anos. A a empresa vem amargando prejuízos na área de abastecimento ao ter que recorrer à importação de volumes crescentes de combustíveis para atender ao mercado interno.
Alta em junho
No fim de junho, o governo autorizou a Petrobras a aumentar o preço da gasolina em 7,83%, mas essa elevação não chegou ao consumidor porque o governo levou a zero a alíquota da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), blindando os preços pagos pelo consumidor. Como não há mais como reduzir a Cide, ou o governo reduz outro tributo ou o aumento vai parar na bomba, pressionando a inflação.
O congelamento do preço da gasolina também provoca outro problema econômico: de janeiro a julho deste ano, a Petrobras importou mais de US$ 6 bilhões em combustíveis, uma ampliação de 417% na comparação com 2011. Por comprar gasolina pagando a cotação internacional e revendê-la a preços domésticos, a Petrobras registrou prejuízo de US$ 1,3 bilhão de abril a junho deste ano.
(Agência Estado)
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