desativação de 278 lixões
Minas terá que acelerar eliminação de
depósitos irregulares para cumprir meta de acabar com 278 áreas do tipo
até 2014. Este ano, 40 lixões foram erradicados
Lixão de Esmeraldas, na Grande BH, é um dos que continuam ativos |
Um terço dos municípios mineiros continuam jogando os resíduos em montanhas de lixo sem qualquer tratamento, um desafio a mais para o Estado, que por lei terá que acabar com os 278 depósitos irregulares até agosto de 2014. Para conseguir cumprir a meta, Minas terá que acelerar em quase sete vezes esse ritmo, já que ao longo deste ano 40 lixões foram erradicados no estado. Os números foram divulgados ontem, durante o balanço das ações de 2012 da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad).
De acordo com a Semad, atualmente apenas 240 dos 853 municípios descartam o lixo de forma adequada. Outra parcela expressiva das cidades (259) deposita resíduos nos aterros controlados, categoria intermediária entre o lixão e o aterro sanitário, considerada maneira mais adequada. Os aterros sanitários fazem parte da realidade de 252 municípios e outros 67 estão em processo de regularização. “Acabar com os lixões é um grande desafio, sobretudo porque é uma competência municipal. Estamos trabalhando para mobilizar as prefeituras e para firmar consórcios entre os municípios para a gestão dos resíduos”, disse o secretário da pasta, Adriano Magalhães.
Lei Florestal
O secretário anunciou ainda que até o fim desta semana será enviado à Assembleia Legislativa o projeto de lei do Executivo que altera a Lei Florestal de Minas (nº 14.309/2002), para adequar o texto ao recém-modificado Código Florestal brasileiro. O texto deverá ser discutido e aprovado ao longo do ano que vem. Outra medida prevista para 2013 é a regularização fundiária de 467 mil hectares de unidades de conservação (UC) em Minas. Atualmente, apenas um terço das reservas protegidas são regularizadas e a meta é chegar a 90%.
Já estão sendo revistos limites dos parques estaduais da Serra Negra, em Itamarandiba, e do Biribiri, em Diamantina, ambos no Vale do Jequitinhonha, além das áreas da Estação Ecológica de Cercadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e do Parque Estadual da Serra do Papagaio, no Sul de Minas. A Semad promete também a criação de uma UC no Norte de Minas, de 500 mil hectares, a maior do estado. A unidade tem como objetivo proteger os biomas caatinga, cerrado e mata atlântica. O projeto se baseia numa proposta de preservação da região do Rio Carinhanha, na divisa entre Minas e Bahia.
(Estaminas)
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