casos de derrame em jovens
Em agosto, a modelo
Marcela Bernardes,
de 20 anos, sofreu em derrame em casa
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O aumento de casos de Acidente Vascular Cerebral em jovens chamou a atenção da neurologista Viviane Zétola. No Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Paraná (UFPR), ela coordena um monitoramento contínuo dos casos atendidos. Os números assustam. Dos 3 mil pacientes de 2010 até novembro deste ano, 507 tinham menos de 30 anos. Uma das explicações seria o consumo de hormônios sintéticos, seja na forma de anticoncepcionais ou os utilizados para ganho de massa muscular ou alguns centímetros a mais.
Muito associado à velhice, o AVC tem como principal fator a aterosclerose, patologia influenciada por sedentarismo, tabagismo, obesidade, alimentação com altos teores de gordura e estresse, explica a neurologista. Nos jovens, porém, uma vez descartada toda essa lista de “detonadores”, após o atendimento emergencial, aparece o desequilíbrio hormonal como vilão.
Desequilíbrio
“Tudo que mexe com a regulação normal do organismo torna-se possibilidade”, reforça Viviane Zétola. “Como o anticoncepcional é tomado em larga escala, os postos de saúde distribuem, ginecologistas prescrevem cada vez mais cedo, é hoje um dos fatores que a gente encontra mais associado a AVC em jovens, assim como hormônios consumidos pelos que querem ficar fortões em tempo recorde.”
Indagada sobre o que pode ser feito para reduzir as estatísticas, Zétola diz que houve alerta nesse sentido, tempos atrás, e, no casos dos contraceptivos, ocorreu diminuição da dosagem de hormônio nas pílulas, o que diminuiu consideravelmente as dores de cabeça e a incidência de trombose. No entanto, faltam pesquisas comprovando efetivamente o estrago provocado no organismo. “Sem base científica, dá pra afirmar que o importante é começar a tomar apenas com orientação médica e que cabe aos médicos cada vez mais critério.”
(Portal
HD)
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