Meteorologia prevê mais água até quarta-feira
Belo Horizonte deve ser atingida por chuva até esta quarta-feira (21). É o que informa alerta divulgado pela Defesa Civil nesta segunda-feira (19). De acordo com a Defesa, apesar do tempo continuar instável e com pancadas a qualquer hora do dia, pequenos períodos de sol poderão ocorrer no período citado. Em Matipó, o rio já subiu alguns metros, mas ainda não afeta residências próximas. Em algumas ruas da cidade os bueiros não dão conta de escoar a quantidade de água e as vias ficam alagadas, como na Avenida Waldomiro Mendes de Almeida, no bairro Exposição próximo ao Parque.
Conforme o alerta, nesta segunda-feira poderá chover mais 20 a 30 mm até a noite, acumulando no dia cerca de 70 mm de chuva, volume considerado alto. Para a região todos os institutos de meteorologia afirmam que as chuvas devem permanecer até a próxima quarta-feira de forma moderada, porém tendo pico mais intensos.
Segundo a Defesa Civil, o volume de chuva nos primeiros 18 dias de dezembro já superou em 61% a média esperada para todo o mês. No fim de semana, a forte chuva causou deslizamentos de terra, desabamentos, pontos de alagamentos e provocou prejuízos.
Ao todo, 19 municípios mineiros já decretaram situação de emergência. Além disso, 42 cidades foram afetadas pelas forte chuva, embora não tenham decretado situação de emergência. Na região, algumas cidades já enfrentam problemas mais graves:
Martins Soares
Na noite de sábado, 17, um barranco veio a desmoronar atrás de uma casa no bairro Letícia. No córrego de Martins Soares, houve também a queda de um arvore, represando a água e uma segunda árvore ameaça a residência. O problema foi encaminhado para a prefeitura da cidade.
Manhumirim
Já em Manhumirim, a Polícia Militar registrou ocorrências com relação a deslizamento de terra em dois locais. No domingo, 18, uma solicitação foi atendidas na rua Agripino Casqueiro, bairro Nossa Senhora da Penha. Na casa de Laerte José de Moraes, 57 anos, um muro veio a desabar, causando danos em seu imóvel. Ele teme que podem ocorrer mais desmoronamentos.
No sábado, na rua dos Trabalhadores, Bairro Nossa Senhora da Penha, o morador João Batista dos Santos, 57 anos, acionou a PM porque um muro de divisa de sua residência veio desabar causando dano em seu imóvel. A casa corre o risco de desabar. A queda do muro atingiu ainda a casa de Maria de Fátima Souza Silva, 52 anos.
Foram acionados os representantes da Defesa Civil de Manhumirim, que se encarregaram de acompanhar as situações.
Rio Casca
Houve um grande deslizamento de terra em um barranco de um lote situado ao lado da casa dele, colocando em risco de desabamento parte de sua residência.
Ele foi orientado a desocupar o imóvel e procurar a Defesa Civil Municipal.
Já no domingo, parte de uma casa desabou no bairro Bela Vista. A moradora Nerci Aparecida da Luz Gonçalves Silva, 38 anos, contou que parte da moradia caiu durante a madrugada. Ela foi orientada a sair de casa, pois havia risco de desabar o que restou.
Bom Jesus do Galho
No primeiro caso, na rua Antônio Sabará, Bairro Raul Soares, o morador Geraldo Alves de Oliveira, 51 anos, chamou a PM depois que ocorreu deslizamento de terra que deixou a rua com rachaduras.
O local foi sinalizado para evitar o trânsito de veículo. Parte da terra da rua caiu próximo à garagem dele.
Já no bairro Colina, o morador José Vieira de Souza, 41 anos, informou que houve deslizamento do barranco nos fundos de sua residência, devido as fortes chuvas que caem na região. A terra derrubou a parede da casa vizinha, que está em obras, em seu quintal.
Os dois casos foram comunicados à Prefeitura de Bom Jesus do Galho.
Segundo balanço da Defesa Civil Estadual, as chuvas destruíram 38 casas e danificaram mais 1.409 moradias em todo o estado. Até o momento, há 459 pessoas desalojadas, 30 desabrigadas, além de duas mortes e quatro feridos. A Defesa Civil estima que pelo menos 21,5 mil pessoas foram afetadas.
Nas cidades históricas de Mariana e de Ouro Preto, muitas famílias tiveram que abandonar as casas onde moravam. A situação é pior em Mariana, na região central do estado, onde 300 pessoas foram afetadas e o abastecimento de água e de energia elétrica foi cortado.
No município de Acaiaca, a chuva dos últimos dias causou o transbordamento do Rio do Carmo, inundando residências e estabelecimentos comerciais em toda a área do centro da cidade. Ao todo, 159 pessoas estão desalojadas e outras 37 desabrigadas. Acaiaca fica na Zona da Mata, a 154 quilômetros da capital e próxima a cidade de Ponte Nova, e tem população de 4.206 habitantes.
A Coordenadoria Municipal de Defesa Civil continua recomendando à população que evite áreas de inundação e não trafegue em ruas sujeitas a alagamentos localizados. Recomenda ainda atenção especial e redobrada nas áreas de encostas e morros, pois o solo ainda está encharcado devido às chuvas dos últimos dias, e com o volume de chuva previsto, o risco de deslizamentos aumenta. As redes sociais Facebook e Twitter estão sendo usadas como ferramentas de alerta do Sistema de Defesa Civil do município.
(Willian Chaves)
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