Editorial da Edição nº 412 do Jornal Regional
Cidade sem preparo para receber chuva
Quando chega o tempo de chuva chega, também, preocupação por parte da população de Raul Soares, principalmente os moradores ribeirinhos, aqueles que moram próximos aos córregos e rios e, ainda, aqueles cujas moradias se assentam nas encostas de morros.
Por aqui a chuva em sua totalidade não é vista como bonança e, para muitos, é tormenta que felizmente só com ajuda de Deus é possível se safar de prejuízos causados.
Porque quando se depende de ações humanas aos atingidos somente restam-lhes constrangimentos e tristeza trazidos pelo desconforto das perdas.
A cidade não tem preparo suficiente para conter milímetros a mais de chuvas. Há tempos chovia-se mais e a população não enfrentava problemas como atualmente; registravam-se problemas quando grandes tempestades assolavam a cidade e região em ocasiões ainda lembradas e que se pode contar nos dedos da mão.
Atualmente, na maioria das vezes, as barragens contribuem para evitar invasão de águas pluviais em unidades próximas do Rio Matipó e afluentes, como aconteceu nas últimas chuvas. Mas, o Rio Santana invadiu casas de morada, propriedades e até o clube da AER, entre outros.
Há necessidade providencial e urgente por parte do poder público para erradicar de vez esses problemas, problemas que podem ser revistos por órgãos ligados à Defesa Civil, setor municipal de obras e outros.
Os agentes responsáveis ao caso poderiam providenciar desassoreamento (efeito de dragagem) nos rios e córregos que estão cheios de lixo, entulhos e peças de utensílios e automóveis; um serviço que voltaria esses mananciais à sua caixa normal e, com isso, capazes de suportar quantidade maior de águas de chuva.
E, em paralelo, fazer campanhas junto à população de como proceder com lixo, entulhos, plásticos e outros que impedem o curso de águas pluviais em vias públicas e tornam o rio mais raso propiciando invasão aos ribeirinhos.
Do jeito que tá, pode piorar ainda mais!
Um comentário:
As autoridades gostam que aconteçam tragédias, pois podem decretar "estado de emergência" e contratar obras sem edital de concorrência.
diadeg
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