Principais
pontos da Lei de
Acesso à Informação estão definidos
O ministro da
Justiça, José Eduardo Cardozo, disse que o decreto que
regulamenta a lei deve
sair em breve, mas isso não inviabiliza sua implementação
O decreto
presidencial detalhando procedimentos para o Poder Executivo cumprir a Lei de
Acesso à Informação “vai sair”, garantiu nesta terça-feira (15) o ministro da
Justiça, José Eduardo Cardozo, ao inaugurar, na sede do ministério, o Serviço
de Informações ao Cidadão. “O decreto é muito importante e vai definir questões
de orientação para [atendermos] a lei”, disse, ao comentar que já “estão
definidos os pontos básicos” das regras complementares.
O ministro não soube
precisar se o decreto será editado nesta quarta-feira (16), quando, por
determinação legal, os serviços de acesso à informação terão que estar em
funcionamento. “Deve estar saindo. Quando eu não vou dizer porque é uma decisão
da presidente”. Segundo ele, a falta do decreto não inviabiliza a implementação
da lei, e o governo está se preparando para atender ao cidadão. O Serviço de
Informações ao Cidadão do Ministério da Justiça (MJ) funcionará na entrada
lateral do prédio, com quatro funcionários atendendo ao público.
Além do posto, funcionará no MJ uma rede de serviços de informações com atendimento no Departamento Penitenciário Nacional, na Polícia Federal, na Polícia Rodoviária Federal, na Defensoria Pública Geral da União, no Arquivo Nacional, no Conselho Administrativo de Defesa Econômica e na Fundação Nacional do Índio.
Formado por órgãos da administração direta, autarquias e fundações, o Ministério da Justiça reúne um grande número de informações que poderão ser de interesse do cidadão, entre elas a situação de uma empresa em processo administrativo sobre concorrência desleal e a demarcação de terras indígenas.
A lei prevê também a classificação de informações como sigilosas, o que, estando justificado, ficará sob segredo temporário. Mas “a regra é a publicidade e a ampla acessibilidade”, lembrou Cardozo.
O ministro admitiu que a implementação integral da lei poderá “enfrentar” problemas, já que, nesse processo, será necessário mudar a cultura da administração pública. “Teremos problemas para implementar. Temos uma cultura administrativa histórica que colocava o sigilo como regra e a publicidade como eventual”. Cardozo defendeu a publicidade das informações administrativas, que, segundo ele, não podem ser apropriadas pelos administradores. “A informação está dentro do Estado, mas é da sociedade”.
(Agência Brasil)
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