Greve dos educadores
"Nós estamos pagando 57,55% a mais do que o piso nacional", afirma Secretária Estadual de Educação
Ana Lúcia Gazzola deixou claro que o Governo de Minas paga o Piso Nacional da Educação por meio do sistema de remuneração por subsídio e que não haverá pagamento de antecipado dos dias parados
No dia 08 de junho o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais deflagrou a greve pela implementação do Piso Salarial.
Segundo a direção do Sind-UTE/MG, a greve por tempo indeterminado é uma resposta da categoria aos baixos salários e à inércia do Governo de Minas Gerais que paga Piso de R$ 369,00 e que não cumpre a Lei Federal 11.738, que institui o Piso Salarial Profissional Nacional, hoje de R$ 1.597,87, para 24 horas semanais (nível médio de escolaridade).
50% das escolas estaduais mineiras estão paradas, segundo o Sind-UTE, entretanto ainda não se tem estimativas do alcance do movimento. No total, a rede mineira tem cerca de 2,4 milhões de alunos em 4,5 mil escolas e 250 mil professores.
Mais uma Assembleia Estadual da Educação aconteceu nesta terça-feira (28/06), no Pátio da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, em Belo Horizonte. Tudo com o objetivo de efetivar o piso salarial nacional exigido pela classe.
Em Caratinga a adesão dos educadores ao movimento ainda é pequena. Na Escola Estadual Menino Jesus de Praga, nenhum funcionário paralisou os trabalhos. Já na Escola Estadual Engenheiro Caldas, de cerca de 80 funcionários, apenas 3 aderiram ao movimento.
A equipe de jornalismo do Super Canal tentou contactar um representante do Sind-UTE de Caratinga mas eles estavam nesta assembleia em Belo Horizonte e nos próximos dias darão o posicionamento sobre o que foi acordado.
A maior parte dos grevistas luta pela adoção de piso salarial estabelecido pelo Governo Federal, de R$ 1.187,14 por 40 horas trabalhadas, que é o "vencimento básico" da categoria. Ou seja, gratificações e outros extras não entram na conta.
Em entrevista, a Secretária Estadual de Educação, Ana Lúcia Gazzola, deixou claro que o Governo de Minas paga o Piso Nacional da Educação por meio do sistema de remuneração por subsídio.
Diversas reuniões entre representantes do Sindicato Único dos Trabalhadores de Minas Gerais já aconteceram.
A secretária Ana Lúcia Gazzola, ressaltou que espera o retorno da categoria às salas de aulas para retomar as negociações. Segundo ela, as faltas estão sendo apuradas e não haverá pagamento de antecipado dos dias parados.
(TV Super Canal Caratinga)
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