17 junho 2011

Tráfego em pontes sobre o Rio das
Velhas será liberado às 16h de sábado

Somente carros de passeio, ônibus e caminhões pequenos, os
trucados (com cabine e dois eixos) serão autorizados a usar as passagens 


A falta de comunicação e planejamento entre os órgãos envolvidos na liberação do trânsito das pontes provisórias montadas pelo Exército na BR-381, sobre o Rio das Velhas, em Sabará, vai impedir por mais 15 dias a passagem de carretas e veículos articulados. Hoje, às 16h, as pistas metálicas estarão liberadas apenas para carros de passeio, ônibus e caminhões pequenos. Somente nesta sexta-feira, em reunião com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Trânsito (Dnit), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) fez reivindicações para a circulação dos veículos, como a instalação de balanças de cargas, quebra-molas, placas e iluminação. Chefe da Comunicação Social da corporação, o inspetor Aristides Junior afirma que estas questões não tinham sido avaliadas pelo Dnit até então. As carretas deverão manter os desvios por Ouro Preto e Mariana e a PRF admite congestionamentos diários na BR-381.

“O Dnit só preocupou-se em liberar a ponte. Eles não entendem do trânsito e esses detalhes só foram tratados hoje de manhã. Eles nos pediram entre 10 e 15 dias para resolver o que falta. Por isso, nenhum tipo de carreta e veículos articulados poderão transitar sobre a ponte. Rotineiramente flagramos motoristas com excesso de peso e não podemos confiar apenas nas notas fiscais. Não podemos correr o risco de uma carreta pesada interditar ou derrubar a ponte. A prioridade será atender a população prejudicada e o transporte de passageiros. O transporte de cargas continuará mantendo os desvios”, explicou o inspetor.

Haverá policiamento 24 horas para controlar a passagem de veículos. Quebra-molas serão instalados nos dois acessos às pontes, a cerca de 40 metros de distância. As balanças, fixadas no chão, ficarão na altura do Km 450, em frente ao posto da Polícia Rodoviária Federal, para quem segue para Belo Horizonte, e no trevo do Tacono, para quem vem do Anel Rodoviário em direção a Vitória. As placas de sinalização orientando a proibição de carretas serão afixadas desde este ponto. Na direção contrária, motoristas que vierem por João Monlevade já serão alertados. Segundo o Dnit, o Departamento de Estradas e Rodagens (DER) estadual vai ceder duas balanças, numa parceria.
O inspetor Aristides Junior admite que haverá congestionamentos diários na BR-381 e pede a compreensão dos motoristas. Na ponte, os veículos precisarão manter velocidade constante de 40Km/h e devem evitar frear sobre a estrutura. “Cerca de 300 mil veículos circulam por esta rodovia. Se já tinha congestionamento na ponte de concreto, é óbvio que haverá mais agora.

Essa é uma situação emergencial e os motoristas precisam se adequar. A ponte é uma medida paliativa e, por ser metálica, tem uma série de cuidados e restrições. Um caminhão e um ônibus não poderão passar por ela simultaneamente, por isso, estaremos lá para fazer a triagem”, afirmou.

As estruturas metálicas suportam até 60 toneladas. Segundo o inspetor da PRF, depois da instalação das balanças, carretas, veículos articulados e caminhões com cabine e dois eixos estarão liberados. Carretas bitrem e rodotrem só poderão voltar a circular quando a ponte definitiva já estiver construída. A previsão de conclusão da obra é no fim de outubro.
As reivindicações da PRF em cima da hora podem ter causado um mal estar entre as instituições. Apesar de anunciar coletiva de imprensa na própria ponte com a presença do superintendente regional do Dnit, Sebastião Donizete de Souza, nenhum representante do órgão apareceu. O comentário era de que hoje apenas as Polícias Rodoviárias Estadual e Federal participariam da liberação do tráfego na pontes. A assessoria de imprensa do Dnit informou que o superintendente não compareceu à entrevista por conta de um imprevisto e que não quer dar uma conotação política, de inauguração, à liberação da via. O Dnit explicou, ainda, que o Exército apresentou uma notificação sobre as peculiaridades do trânsito nas pontes no início da semana e, por isso, a PRF não tinha sido consultada sobre a necessidade da instalação de balanças e quebra-molas.
(Uai)

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