Lembrança de mãe neste 8 de maio
Comemorar o dia das mães tornou-se tradição e, como cultura, já é parte da vida de muita gente, de todos nós...
No segundo domingo do mês de maio as escolas e o comércio, as igrejas e as famílias carinhosamente se mobilizam para a comemoração daquela que está sempre de nosso lado em nossa defesa e para nos oferecer algo mais, além de nossa necessidade e, nalguns casos, além do merecimento.
A você, mamãe, o nosso reconhecimento, gratidão e a satisfação com Deus por tê-la a fazer o começo de tudo... ‘sem a mamãe a nossa vida seria mais difícil, tenhas certeza’.
E especialmente no Dia das Mães lembro-me das homenagens que aconteciam aqui em Raul Soares promovidas pelos clubes, igreja, times de futebol e de cada família em especial com participação de filhos e netos.
Lembro-me da homenagem dos boêmios e pessoas da cultura da noite. Naquele tempo de alguns anos o nosso timaço do goró organizava uma serenata, com músicas especiais para tocar e cantar defronte as janelas das residências em oferecimento às mamães.
No início da noite ajuntávamos num bar ao redor de um violão, aí começava o ensaio. O grupo era liderado por Ninico Teodoro, Túte do Bar, Dão Marcelino e este jornalista, responsáveis pelo ritmo musical e seleção de músicas.
Pouco a pouco o seleto bloco estava pronto, lembro-me do jeito de cada um, do comportamento disciplinado e carinhoso do Dicão, Braúna, Zé Idelfonso e Madalena, Sô Rômulo, João Peixoto, Gato Valadares, Gracinha e Julinho do Bilú, Alexandre Leão, Baixinho da Zona, Quinzinho Fú, Melro, Zé Carcereiro e Linda, Niltinho Simão, João do Aníbal e Heloisa Ferreira, Tuta, Zé Eduardo Ferreira, Zé Horta Preto e muitos outros.
Momentos que estão registrados na memória de cada um de nós. Particularmente, ao lembrar sinto-me bem e intimamente valorizado e muito gratificado pela mãe que tive, assim como os demais seresteiros daquele tempo que tiveram a oportunidade de oferecer uma serenata à sua mãe e a outras de nosso convívio de amigos de todos os dias.
E quando chega o dia das mães me vem à lembrança alguns casos pitorescos acontecidos com o grupo, lembro-me das músicas apresentadas e, em especial a música ‘Mamãe, Mamãe, Mamãe’ de David Nasser e Herivelto Martins que encerrava a sessão de músicas.
Nessa composição quando se cantava os versos de lembrar o chinelo na mão e o avental todo sujo de ovo a comoção era geral; todos uníssonos entoavam harmoniosamente entre soluços e choro diante de uma janela aberta ou de uma porta pronta para receber o grupo.
Era o máximo!
Essa grande serenata da mamãe só terminava com o parecer do sol, já de manhã. Alguns de nós iam para casa e outros rumávamos até a padaria para um reforçado café com direito a pão com manteiga e café com leite, cerveja e cachaça perdiam o sentido e já desocupavam o espaço.
O destino era a missa das 6 horas, ouvir e participar da sábia história escrita na Bíblia, através do padre conversar com Deus e ter o prazer de compartilhar com os irmãos em Cristo de mais um dia de alegria que tivemos.
A nossa homenagem se estende aos dias de hoje. E às mamães o sentido, mesmo mais evoluído e moderno, continua de pureza e de muito amor, como expressa a letra da música citada neste texto.
Mamãe, mamãe, mamãe...
Ela é a dona de tudo
Ela é a rainha do lar
Ela vale mais para mim
Que o céu, que a terra que o mar
Ela é a palavra mais linda
Que um dia o poeta escreveu
Ela é o tesouro que o pobre
Das mãos do senhor recebeu
Ela é a rainha do lar
Ela vale mais para mim
Que o céu, que a terra que o mar
Ela é a palavra mais linda
Que um dia o poeta escreveu
Ela é o tesouro que o pobre
Das mãos do senhor recebeu
Mamãe, mamãe, mamãe
Tu és a razão dos meus dias
Tu és feita de amor de esperanças
Ai, ai, ai mamãe
Eu cresci o caminho perdi
Volto a ti e me sinto criança
Mamãe, mamãe, mamãe
Eu te lembro o chinelo na mão
O avental todo sujo de ovo
Se eu pudesse eu queria outra vez mamãe
Começar tudo de novo.
Se eu pudesse eu queria outra vez mamãe
Começar tudo de novo.
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