Senado 'apaga' impeachment
de Collor da história brasileira
Presidente da Casa, José Sarney, tentou minimizar o episódio em que
ex-presidente teve seus direitos políticos cassados classificando-o de 'acidente'
Brasília - O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), disse nesta segunda-feira (30) que o impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Melo foi apenas um "acidente" na história do Brasil. Sarney minimizou o episódio em que Collor , que atualmente é senador, teve seus direitos políticos cassados pelo Congresso Nacional.
"Eu não posso censurar os historiadores que foram encarregados de fazer a história. Mas acho que talvez esse episódio seja apenas um acidente que não devia ter acontecido na história do Brasil", disse o presidente do Senado.
Sarney foi perguntado sobre a exclusão do impeachment dos painéis que contam a história do Senado desde o Império. Os painéis foram remontados e recolocados nesta segunda – em substituição aos anteriores – no chamado "Túnel do Tempo" da Casa. "Não é tão marcante como foram os fatos que aqui estão contados, que foram os que construíram a história e não os que de certo modo não deveriam ter acontecido", completou o senador.
O trecho que conta a história do processo sofrido por Collor – que foi aberto pela Câmara dos Deputados e votado pelo Senado – já havia sido retirado do Túnel do Tempo do Senado em 2007, um dia antes de Collor tomar posse como senador. Posteriormente, o episódio foi recolocado nos painéis que ficam no corredor que liga o prédio principal ao anexo, onde estão as salas das comissões.
O ex-presidente da República não chegou a ser cassado pelo Senado porque renunciou ao seu mandato momentos antes da votação no Congresso. Apesar disso, Collor foi condenado pelos senadores e teve seus direitos políticos suspensos. Em 2007 se elegeu senador por Alagoas.
(Agência Brasil)
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